Instalação de gás provocou explosão em prédio em São Conrado
Principal hipótese é que o próprio morador do apartamento 1001, o alemão Markus Müller tenha instalado uma peça de forma indevida
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Por Redação
Atualizada às 21h20
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RIO - A explosão que destruiu no dia 18 parcialmente quatro apartamentos e provocou danos nos outros 72 do Edifício Canoas, em São Conrado, zona sul do Rio, foi causada por erro na instalação de uma peça da rede de gás de cozinha do apartamento 1001. A principal hipótese é de que o reparo tenha sido feito pelo morador, o alemão Markus Muller, de 51 anos, hospitalizado em estado grave.
Os investigadores descartaram as hipóteses de tentativas de suicídio ou de homicídio. Imagens da câmera de segurança de um elevador mostram Muller, no dia anterior à explosão, com duas peças semelhantes ao rabicho mal instalado.
Segundo peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (Icce), da Polícia Civil, o objeto, usado para ligar a tubulação a aparelhos domésticos, geralmente fogões, era novo. Uma fita colocada em sua base, que deveria estar danificada com o movimento de acoplagem à tubulação, estava praticamente intacta, conforme a perícia.
Explosão em prédio da zona sul do Rio
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Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas após uma explosão destruir parte de um prédio em São Conrado, bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Testemunhas afirmam que a explosão ocorreu no 10º andar; segundo relatos de moradores, o impacto se assemelhou à sensação de um 'terremoto' Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O Edifício Canoas tem 19 andares e 72 apartamentos e faz parte de um condomínio de quatro blocos Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O alemão Marcus Bernard Muller foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul, em estado grave Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Equipe da prefeitura faz perícia no interior do prédio Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Segundo relatos de moradores, o impacto se assemelhou à sensação de um 'terremoto' Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Bombeiros entram no edifício para resgatar possíveis vítimas Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os destroços caíram no playground do prédio, perto da piscina Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
A explosão ocorreu na cozinha do apartamento 1.001, onde morava o alemão Marcus Bernard Muller Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
O estrangeiro passava por cirurgia no fim da manhã desta segunda-feira. Segundo moradores, ele trabalhava em uma construtora, morava sozinho e 'vivia ... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Um vazamento de gás é a provável causa da explosão na manhã desta segunda-feira, 18 Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os andares mais afetados foram o 10º e o 9º Foto: Wilton Júnior/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Os destroços caíram no playground do prédio, perto da piscina Foto: Fábio Motta/Estadão
Vários andares do edifício em São Conrado foram atingidos
Segundo síndico de prédio vizinho, muitos moradores estão receosos Foto: Fábio Motta/Estadão
“A gente constatou que ela (a peça) foi mal colocada”, disse o diretor do Icce, Sérgio William, acrescentando que a perícia não constatou indício da presença de uma segunda pessoa no apartamento – ou seja, Müller estava sozinho. Os cortes espalhados pelo corpo do alemão devem ser provenientes de estilhaços em vez de facadas, como chegou a ser investigado.
Segundo William, com o impacto da explosão, o rabicho mal colocado foi “cuspido” para fora do apartamento. A peça caiu no playground do edifício. A sobreposição dos azulejos da cozinha, após sucessivas reformas, pode ter dificultado a fixação da peça, disse o diretor.
O laudo da perícia ainda não está pronto. Deve levar 30 dias, contados da data do acidente. Uma informação ainda indeterminada é a quantidade de gás que vazou. Amanhã, peritos da Polícia Civil e técnicos da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) planejam remontar as condições de pressão da tubulação para descobrir o tempo de vazamento e a quantidade de gás que causou a explosão. Será feita simulação em local ainda indeterminado.
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Sem conspiração. De acordo com peritos, o vazamento, possivelmente, foi iniciado na noite anterior à explosão, que deve ter sido desencadeada quando o alemão acordou e acendeu a luz. “Desmontou uma série de teorias da conspiração”, disse o síndico do prédio, Jorge Alexandre de Oliveira.
O síndico não falou em um possível processo dos moradores contra o alemão, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pedro Segundo, em Campo Grande (zona oeste), com 50% do corpo queimado. De acordo com Oliveira, as conclusões da Polícia Civil condizem com o que acreditavam os moradores.