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Stellantis faz parceria com fabricantes da Ásia para produção local de sistemas de mídia e conexão

Grupo da Ásia está iniciando operações em Manaus (AM) e seu primeiro produto vai equipar o novo C3

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Na meta de reduzir a dependência de fornecedores asiáticos, objetivo que ganhou mais urgência com a crise dos semicondutores, a Stellantis está intensificando seu programa de nacionalização de componentes eletrônicos e atração de investimentos locais em itens para veículos híbridos com uso de etanol. O grupo reúne as marca Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

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Segundo Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul, o grupo já conseguiu atrair alguns fornecedores, um deles da Ásia, que acaba de instalar fábrica em Manaus (AM) para produzir sistemas de entretenimento (mídia e conexão).

O nome da empresa não foi revelado, mas o primeiro carro a receber seus produtos será o novo C3 que será produzido em breve pela Citroën em Porto Real (RJ). A Stellantis está desenvolvendo o sistema em conjunto com esse novo fornecedor”, informa Filosa.

Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul 

“Temos volumes e escala de produção e podemos colocar planos de negócios robustos para os fornecedores que quiserem investir aqui no Brasil”, disse Filosa nesta quarta-feira, 6, em entrevista a um grupo de jornalistas. “Temos alguns (grupos) importantes que já aceitaram fazer isso, incluindo a localização de tecnologias de eletrificação.”

O grupo tem investimentos de R$ 14 bilhões previstos até 2024, e fará 16 lançamentos até 2025, dos quais sete serão elétricos importados e híbridos produzidos no País com motor flex, que pode usar etanol. O produto já está em desenvolvimento mas ainda não foi divulgada data para chegada ao mercado.

Descentralização da produção

A Stellantis também tem entre suas metas a descentralização da produção industrial e pretende ampliar a produção de modelos na fábrica da Jeep em Goiana (PE), onde já atraiu 30 fornecedores de componentes e espera chegar a 50 até 2025 ou 2026.

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Na visão de Filosa, atrair investimentos para outras regiões ajuda na distribuição de renda em todo o território nacional. “Com mais renda localizada, vai aumentar a renda e demanda local.”

Ele citou, por exemplo, que após dois anos de operações em Pernambuco, os indicadores de índice de criminalidade em Goiana caíram 40%. “Indústria significa oportunidade, e oportunidade significa renda e pessoas que escolhem caminhos corretos para se desenvolver.”

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