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Diversidade e Inclusão

Sobreviver à exclusão na pandemia

População com deficiência está no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19 desde fevereiro, mas o plano do governo federal de imunizar 7 milhões de pessoas não avança. Movimento cobra ação imediata.

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Foto do author Luiz Alexandre Souza Ventura

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Descrição da imagem #pracegover: Logomarca do movimento de vacinação das pessoas com deficiência contra a covid-19. Símbolo circular tem as frases 'eu mereço uma dose de respeito' e 'sou pessoa com deficiência'. Crédito: Divulgação.  Foto: Estadão


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O plano do governo federal de vacinar 7 milhões de pessoas com deficiência contra a covid-19, anunciado em fevereiro, quando o Ministério da Saúde incluiu essa população no grupo prioritário de imunização, não avançou.

Um movimento lançado oficialmente nesta quarta-feira, 7, cobra a vacinação imediata. A iniciativa tem participação de entidades sociais, federações, fundações e conselheiros municipais. Com o slogan 'eu mereço uma dose de respeito', está nas redes sociais e no YouTube.

No plano nacional, documento com 190 páginas, o Ministério da Saúde afirmou que "todos os grupos elencados serão contemplados com a vacinação", mas fez uma ressalva sobre a quantidade de doses, não definiu data para vacinar as pessoas com deficiência e culpou fornecedores.

A criação da comissão temática para tratar dessa prioridade - grupo formado por Antonio Carlos Sestaro, presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD); Carlos Eduardo Ferrari, da Confederação Brasileira de Desporto de Deficientes Visuais (CBDV); Décio Gomes Santiago, da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos (Onedef); Maria do Carmo Tourinho Ribeiro, da Associação Brasileira de Autismo (ABRA), e Ana Kathya Silva Henriques, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) -, que analisaria o plano nacional e apresentaria um relatório ao Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), não mostrou resultados.

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Um estudo publicado em março no The New England Journal of Medecine, da Massachusetts Medical Society, nos Estados Unidos, mostrou o "impacto devastador da covid-19 em pessoas com deficiência intelectual". A pesquisa transversal avaliou 64 milhões de pacientes, 128 mil com deficiências intelectuais, em 547 organizações de saúde, entre janeiro de 2019 e novembro de 2020. Os médicos responsáveis pelo trabalho reforçaram a urgência de vacinação da população com deficiência e seus cuidadores.

Sobreviver à exclusão é uma rotina para as pessoas com deficiência, uma batalha desproporcional e constante por cidadania. Na pandemia de covid-19, essa luta é ainda mais desigual.


REPORTAGEM COMPLETA EM LIBRAS (EM GRAVAÇÃO)

Vídeo produzido por Helpvox com a versão da reportagem na Língua Brasileira de Sinais pela tradutora e intérprete Milena Silva.


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