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Pequenos reparos: a lista continua aumentando!

Quando você finalmente faz quinze milhões de contas, encontra o apartamento certo (no meu caso, com vista para alguma coisa que não fosse a sala do apartamento do prédio vizinho), consegue contratar um financiamento na Caixa Econômica, assina o contrato de compra e venda e recebe as chaves, você pensa a-p-e-n-a-s nas coisas boas que vão chegar com a casa nova:

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Foto do author Daniel Fernandes

Um lugar só seu, decorado (decorado?) do jeito que você quer. Um pouco de liberdade e a chance de  estabelecer a sua própria rotina. Uma conquista pessoal, sem dúvida. A possibilidade de pendurar os quadros e os pôsteres que não cabiam mais no seu quarto. Sua casa, seu espaço. O bilhete para a vida adulta de fato.

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O que você não lembra - é claro - são das tarefas de rotina. Lavar roupa ou mandar para o tintureiro? Limpar a casa ou pagar uma empregada doméstica? Isso você não lembra, mas resolve rápido. No meu caso, pago pessoas para desempenhar as tarefas: a roupa é lavada e passada por R$ 70 a quinzena (R$ 140 por mês). A Celma vai em casa a cada quinzena, cobra R$ 65 por visita e deixa tudo brilhando.

Mas não estava preparado para os pequenos reparos que uma casa necessita. E  sempre preciso fazer alguma coisa: esse é o problema! Antes era apenas uma lâmpada queimada. Ontem a noite, percebi que a lista de pequenas tarefas está começando a ganhar proporções de crise EUA-Irã.

Eis a lista:

1 - Arrumar o cano do chuveiro, que continua pingando água através da pequena rachadura no cano que o liga ao encanamento da parede.

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2 - Arrumar a porta do gabinete da cozinha, que fica embaixo da pia, e que se soltou sem mais nem menos do batente.

3 - Trocar a lâmpada do minúsculo corredor que ligam os dois quartos do meu apartamento

4 - Trocar a lâmpada da área de serviço, que deixou de funcionar no domingo.

5 - Arrumar a fechadura da porta, que está prendendo a chave (qualquer dia fico do lado de fora)

6 - Chamar alguém para verificar a descarga do banheiro, que começa a dar sinais de cansaço dessa vida

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Não bastasse isso, eu inventei de ter um carro. E eles sempre exigem cuidado e atenção especiais. Além dos danos ao pára-choque dianteiro causados pela minha perícia ao volante que ainda não foram devidamente reparados, descobri esse final de semana que vou precisar trocar o óleo muito em breve para não ter de trocar o motor. Só porque eu devo ter ultrapassado mais ou menos dois mil quilômetros do limite de uso do óleo atual (só isso?).

O tempo não para!

E como ele não para, estou com receio que até o fim desta semana eu tenha de acrescentar mais quinze itens a minha lista de reparos, digamos, urgentes. Isso porque eu nem sequer fiz as contas para saber quanto devo gastar com esses pequenos reparos.

Será que se eu pedir minha mãe deixa eu voltar para casa (risos).

 Foto: Estadão
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