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Quem precisa de um conselho profissional?

Nostalgia. Essa é a palavra que não sai da minha cabeça desde que visitei um site chamada Record Club, idealizado pelo Beck e cuja finalidade é a seguinte: reunir artistas para regravar, em apenas um dia, um determinado disco.

Foto do author Daniel Fernandes
Por Daniel Fernandes
Atualização:

A nostalgia se deu quando ouvi a versão - muito boa - da música "Never Tear Us Apart", do INXS. Ela bateu e ficou. Lembrei da época em que foi lançada originalmente. Eu não tinha dinheiro para ir até a esquina sozinho. Não tinha carro - nem idade para dirigir -, não tinha apartamento - nem chuveiro para arrumar -, não tinha salário - mas também não tinha contas para pagar.

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Era uma época boa. Melhor que hoje? Não acho. Acho apenas que era diferente. Era bom ter como preocupação única ir bem no colégio para justificar os esforços dos meus pais.

Posso ficar aqui escrevendo por horas, navegando em mares turvos de comparações entre ontem e hoje. Entre as facilidades e medos da juventude. Entre as facilidades e os temores da vida adulta. Dizer como envelhecemos rápido e como a rotina é massacrante.

Não vou fazer isso. Até para poupar os meus poucos leitores (risos).

A verdade. A verdade é que desde aquela época queria ser mais ou menos isso que eu sou hoje. Jornalista. E olha que o meu teste vocacional - sim, eu fiz um teste vocacional!!!! - indicava que eu deveria ser...advogado.

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Não dei bola para o teste, preferi parar para pensar naquilo que me fazia feliz. E optei pelo jornalismo. Mesmo diante de alguns conselhos contrários - paga-se pouco, trabalha-se muito.

Assim, se há algum conselho que eu poderia dar para um moleque de 16, 17 anos, é o seguinte: não vá no embalo dos outros, não se deixe levar pela promessa de bons salários e de vida profissional fácil. Ela não vai ser fácil de qualquer forma. Mas não há como negar que fica mais fácil encarar as contas do mês quando você levanta da cama para fazer o que você gosta.

Daqui a pouco, mais para o final do ano, milhares de jovens vão encarar os vestibulares e encarar o 'monstro' do amadurecimento. Vão ser levados a definir sua vida em poucos meses. O que eu serei pelos próximos 30, quarenta anos? 

Ouça o coração, meu amigo!

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