Tudo ocorreu na base de lançamento de Alcântara, Maranhão, em agosto de 2003, quando o foguete VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) pegou fogo ainda em solo e matou 21 técnicos e engenheiros. O País se preparava para enviar ao espaço o seu próprio foguete pela primeira vez, mas teve um dos piores acidentes espaciais do mundo.
Era o terceiro lançamento de protótipo de foguete do modelo VLS, depois de duas tentativas falhas - a primeira, em 1997 e a segunda, em 1999. A missão, batizada de Operação São Luís, deveria ter visto o voo de seu foguete em 25 de agosto de 2003.
Mas três dias antes do lançamento, um incêndio causado pelo acionamento de um dos motores, causou a tragédia.
Durante sete meses, o esforço uniu duas editorias, Link e Metrópole, além da Rádio Eldorado (FM 107,3 SP). A reportagem teve acesso a documentos inéditos da investigação e vídeos de bastidores do programa espacial, além de uma visita exclusiva ao centro de lançamento no Maranhão. Ouviu ainda parentes de vítimas, profissionais que atuaram na operação, especialistas e representantes da Força Aérea Brasileira (FAB).
Episódio 1: Fogo em Alcântara
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O primeiro episódio da série revive os momentos de terror na plataforma, conta sobre a dificuldade na identificação das vítimas e narra o drama das famílias. O ouvinte é levado para o momento em que o foguete e a torre que servia para a sua montagem derretem sob o calor de três mil graus, causando a perplexidade dos envolvidos no projeto.
O projeto também teve acesso a documentos nunca divulgados publicamente, além de obter vídeos de bastidores do programa espacial nacional.
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Conheça a base Alcântara
O Estadão teve permissão da Força Aérea Brasileira (FAB) para entrar no CLA, uma área altamente restrita, 20 anos depois do acidente. Além da base localizada em Alcântara, a reportagem conheceu também outros dois postos de operação do centro de lançamento: o escritório do CLA, em São Luís, e o Sítio da Raposa, na cidade de Raposa, onde também concentra estações e antenas de rastreio que são importantes em dias de operação e lançamento.
Veja abaixo o vídeo da visita.
Por estar próximo da Linha do Equador, o CLA é considerado um dos principais locais para se lançar foguetes do mundo. A rota para o espaço fica mais curta, o que ajuda na economia de combustível e permite que o veículo carregue mais carga útil.
Episódio 2: As peças do acidente
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No segundo episódio da série a reportagem se aprofunda nas investigações. Houve negligência? Foi uma peça fora do lugar? O equipamento foi montado antes da hora? O que mudou na segurança da base depois disso?
Chamado “As peças do acidente”, o episódio traz depoimentos inéditos sobre falhas que podem ter contribuído para o acidente três dias antes do lançamento. Mostra também como a segurança do programa espacial brasileiro foi alterada para sempre.
A reportagem conversou com parentes das vítimas, profissionais que atuaram na operação, especialistas e representantes da Força Aérea Brasileira (FAB). Entre eles, está o especialista em acidentes com explosões que liderou a perícia. O podcast também teve acesso a documentos nunca divulgados publicamente. Veja abaixo
Episódio 3: Um Airbnb de foguetes?
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No terceiro episódio, o podcast fala sobre o que fracassou e o que tem avançado no projeto do foguete próprio. A reportagem também teve acesso à base militar, uma das áreas mais protegidas do País, para revelar como o local se transformou nos últimos 20 anos.
Esse episódio também conta como a corrida pelo espaço mudou de cara. Um setor antes dominado por agências de governos agora é ocupado por companhias e startups, que disputam um mercado de bilhões de dólares. O rosto mais famoso dessa nova fase, conhecida como New Space, é o do bilionário Elon Musk.
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O Brasil também quer participar desse movimento. Uma das formas passa por Alcântara, que passou a abrigar lançamentos de foguetes de empresas estrangeiras desde março deste ano. E por que abrir as portas de uma unidade estratégica para outros países? A reportagem também busca respostas no terceiro capítulo da série.
VLM
Após o hiato para reconstrução da torre de lançamento em Alcântara, a nova aposta do Brasil na área envolve uma letra diferente na sigla, que envolve mudanças significativas no projeto. O nome agora é VLM, veículo lançador de microssatélites.
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A nova versão terá capacidade de levar cargas úteis de até 100 quilos, ante 350 quilos do VLS, e é uma parceria com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão), responsável pelo desenvolvimento de parte dos sistemas do foguete. O primeiro lançamento do VLM está marcado para 2027, se todos os testes de motor e de voo funcionarem nos próximos anos.
Veja abaixo como o VLM se compara a alguns foguetes históricos e saiba um poucos mais sobre cada um deles.
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03/03/2012 | 18h58 | Agencia EstadoVeja mais em ciencia