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Com quadro de Picasso, coleção dos Rockefeller pode se tornar a maior já vendida

'Jovem com Cesta de Flores', do artista espanhol, faz parte da coleção de arte de Peggy e David Rockefeller

Por Johnny Cotton
Atualização:

Um quadro raro de Picasso, que já foi de propriedade da romancista norte-americana Gertrude Stein, é parte de um acervo de arte pertencente à dinastia Rockefeller, que pode arrecadar meio bilhão de dólares neste ano. A casa de leilões Christie’s afirma que esta pode ser a venda mais valiosa de todos os tempos de uma coleção particular.

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Dez obras em exposição na Christie’s de Paris, incluindo o Picasso e um Monet, representam uma pequena fração dos 1.600 lotes outrora de posse do banqueiro bilionário David Rockefeller e sua esposa, Peggy, que serão leiloados em maio para ajudar instituições de caridade. David Rockefeller, ex-diretor-executivo do banco Chase Manhattan e neto do magnata do petróleo John D. Rockefeller, morreu no ano passado, aos 101 anos.

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“Estamos falando provavelmente de algo acima dos 500 milhões de dólares, o que a tornará a venda mais valiosa de todos os tempos de uma coleção e a venda mais valiosa de todos os tempos para caridade”, disse Jonathan Rendell, leiloeiro da Christie’s, à Reuters TV.

O destaque da coleção é Jovem com Cesta de Flores, pintado por Picasso em 1905 e adquirido por Gertrude, colecionadora e amiga do artista. Rockefeller e um grupo de colecionadores compraram o quadro de Gertrude em 1968, sorteando lotes de obras que queriam guardar.

A obra de Picasso, que retrata uma jovem nua de expressão melancólica, ficou pendurada em uma parede da biblioteca de Rockefeller durante décadas, e a Christie’s acredita que arrecadará entre 90 milhões e 120 milhões de dólares.

'Jovem com Cesta de Flores', do artista espanhol Pablo Picasso, faz parte da coleção de arte de Peggy e David Rockefeller. Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes

Também estará à venda uma pequena pintura de uma maçã que Picasso deu a Gertrude como presente de Natal em 1914, depois que ela lhe falou da decepção que sentiu por seu irmão Leo ter ficado com uma natureza morta de maçãs de Cézanne quando os dois dividiram sua própria coleção.

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A renda do leilão será doada a instituições de caridade como a Universidade Harvard e o Museu de Arte Moderna.

Rendell prevê que as obras provavelmente serão compradas por colecionadores particulares, embora algumas possam ir para museus. O leilão acontecerá no Centro Rockefeller de Nova York, em maio.

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