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Rio Sena vai se ‘vestir’ de Amazônia na ‘Noite Branca’ de Paris

Evento anual que inspira iniciativas em outras cidades do mundo prevê museus abertos durante toda a madrugada e atrações culturais espalhadas por Paris

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Atualização:

AFP - O rio Sena vai se transformar na Amazônia graças a uma “floresta imaginária” durante o evento Nuit blanche (Noite Branca), no próximo 3 de junho, uma celebração anual da arte contemporânea.

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A programadora austríaca Kitty Hartl, que já esteve à frente da edição de 2022 do evento, explicou, nesta quinta-feira, 11, em uma coletiva de imprensa, que se inspirou no filme Fitzcarraldo, de Werner Herzog, lançado em 1982, para “recriar essa imagem poética da Amazônia sobre o Sena”.

Impactada pela visão “de um desastre ecológico” no Paraguai, onde ela viu a floresta e seus animais substituídos por “centenas de quilômetros de solo árido ligados ao comércio de soja e milho”, Kitty Hartl quis criar uma “floresta imaginária com cores bastante vivas”, explicou.

Vídeo do artista americano Tony Oursler é projetado durante da Nuit Blanche de 2008 Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

Um segundo pôr-do-sol iluminará a ilha Saint-Louis. Cantores às margens do Sena vão interpretar música lírica, enquanto gramofones serão instalados em gôndolas do Canal de Saint-Martin.

Em Saint-Ouen, subúrbio ao norte de Paris, o rio servirá como suporte de projeção para reconstituir a constelação Ursa Maior.

Em Alfortville, outro subúrbio, o rio servirá de teatro para uma apresentação ao vivo inspirada no Flautista de Hamelim.

Assim como nas duas edições anteriores, essa 22ª versão da Nuit Blanche, com 200 eventos, será totalmente voltada para os Jogos Olímpicos de 2024, cuja cerimônia de abertura também ocorrerá às margens do rio Sena.

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Este ano, a celebração foi transferida do primeiro fim de semana de outubro para o de junho, após uma votação eletrônica feita a pedido da prefeita Anne Hidalgo.

Lançado pelo antecessor de Hidalgo, Bertrand Delanoe, em 2002, o evento que vem sendo reproduzido em diversas cidades do mundo, agora vai “viver sob o sol da meia-noite”, disse a vice-prefeita de Paris para a cultura, Carine Rolland.

O orçamento da Prefeitura para essa edição foi de 1,4 milhão de euros (R$ 7,54 milhões), financiados entre “80% e 90%” pela cidade, o restante foi aportado pelo comitê de organização dos Jogos Olímpicos “e de patrocínios”, apontou a política.

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