Siri Hustvedt, estudiosa das "questões fundamentais da ética contemporânea", foi homenageada nesta quarta-feira, 22, ao vencer o prêmio Princesa das Astúrias de Letras. Romancista, ensaísta e poeta de 64 anos, traduzida em mais de trinta idiomas, Hustvedt foi reconhecida por sua longa e variada carreira, com a qual contribuiu para o "diálogo interdisciplinar entre a ciência e as humanidades", segundo o júri. "Sinto-me muito feliz e honrada por receber a Princesa das Astúrias. Também sinto surpresa, admiração e gratidão", disse a vencedora, que se descreveu como "obssessiva" por seu trabalho após a notícia.
Filha de mãe norueguesa e pai americano, Hustvedt tem um perfil multifacetado: fez licenciatura em História, Ph.D. em Inglês e Literatura e é especialista em neurociência e psicanálise.
Sua carreira teve início nos anos 1980, com o livro Reading to You, e continuou com ensaios e artigos publicados em revistas científicas. Neste sentido, o júri destacou sua obra "Vivendo, pensando, olhando", uma coleção de 32 palestras e artigos datados de 2005 a 2011. Siri também escreveu vários romances, incluindo a saga familiar Tudo o que eu amei.
A Princesa da Astúria das Letras é o quinto dos oito prêmios internacionais Princesa das Astúrias, considerado o Nobel do mundo hispano. Nesta categoria, 28 candidatos de 17 países competiram. No ano passado, o vencedor foi o francês Fred Vargas, conhecido por sua longa série de romances negros.