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Taylor Swift: Sites cambistas vendem ingressos para show por mais de R$ 5 mil; prática é ilegal

Preços para setores como pista e cadeiras superiores e inferiores estão mais altos que o ingresso vip no site oficial; entenda

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Foto do author Bárbara Correa
Por Bárbara Correa (Estadão)
Atualização:

A venda de ingressos para os shows da Taylor Swift no Brasil começou nesta segunda-feira, 12. Além dos cambistas na bilheteria do Allianz Parque, que chegaram até a fazer ameaça de morte contra fãs nas filas, os cambistas digitais também estão vendendo ingressos em sites paralelos por mais de R$ 5 mil.

Ingressos para o show da Taylor Swift em site paralelo Foto: Reprodução/ Viagogo

Nesta manhã, o site Viagogo disponibilizou ingressos para pista em São Paulo pelo preço de R$ 4.225. Setores como cadeira superior e cadeira inferior na capital paulista estavam sendo vendidos, respectivamente, pelos valores de R$ 4.370 e R$ 5175. O Estadão fez uma reportagem sobre golpes em venda de ingressos para shows. Veja dicas de como se proteger aqui.

Ingressos para o show da Taylor Swift em site paralelo Foto: Reprodução/ Viagogo

No Rio de Janeiro, os preços variam entre R$ 1.600 até R$ 3.000. Os preços são maiores do que aqueles dos pontos oficiais de venda de ingressos. No Rio, os ingressos vão de R$ 480 a R$ 950. Já em São Paulo, eles variam de R$ 380 a R$ 1.050.

Ingressos para o show da Taylor Swift em site paralelo Foto: Reprodução/ Viagogo

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O preço do site paralelo é superior ao ingresso mais caro da turnê, vendido nos pontos oficiais. O ticket VIP dá direito a benefícios como entrada prioritária e itens colecionáveis e comemorativos da turnê. Na capital paulista, a categoria vai de R$ 1.250 até R$ 2.250. Na carioca, de R$ 1.250 a R$ 1.500. Os preços variam conforme o setor em que o ingresso dará acesso.

Essa prática é ilegal. Segundo o advogado especialista em Direito Digital, Márcio Chaves, o ato é um crime contra a economia popular. “O site em si é uma plataforma de intermediação de venda de ingressos. Quem pratica o ato ilegal e que pode ser enquadrado como crime contra a economia popular é o cambista que comprou no oficial e está vendendo nesse outro com lucro absurdo”, explica.

“Esses cambistas inclusive usam robôs para comprar os ingressos em grandes volumes, esgotando as bilheterias oficiais em segundos”, afirma o advogado. Nas redes sociais, fãs que estavam próximas do início da fila, como o 300º lugar, não conseguiram comprá-los, pois foram esgotados antes mesmo de sua vez chegar.

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Marcio reitera que, com o Marco Civil da Internet, a plataforma só pode ser responsabilizada se tiver ordem judicial específica para o conteúdo ilegal a ser removido.

O Estadão entrou em contato com o site Viagogo para um pronunciamento, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto.

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