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'Agora a venda está péssima', diz empresário

Dono de lojas de móveis diz que receita caiu 10%

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Por Márcia De Chiara
Atualização:
O empresário do varejo de móveis Mohamed Barakatdiz que tenta cortar custos Foto: Werther Santana/Estadão

O empresário do varejo de móveis Mohamed Barakat, diz que o mercado está difícil. “Antes as vendas estavam ruins, agora estão péssimas”, afirma. Depois de ter ampliado em 7% o faturamento em 2018 em comparação com o ano anterior, ele registrou queda de 10%, de janeiro a maio deste ano. “A gente vinha com crescimento pequeno, mas neste ano vamos fechar com retração.”

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Um dos fatores que explicam a reversão nos negócios é que o consumidor que comprava móveis a prazo diminui muito a sua participação nas vendas das três lojas das quais ele é sócio. Os pontos comerciais ficam na rua Teodoro Sampaio, na zona oeste da capital paulista, um tradicional corredor comercial do setor. Sob as bandeiras Kaza&Estilo, Complemento Interiores e Mosai, cada uma é voltada para um público específico: o mais abastado, o cliente de classe média e o consumidor popular.

Segundo Barakat, hoje o público que compra móveis pede desconto e paga à vista. “O cliente que não tem dinheiro na mão para pagar à vista e quer parcelar em muitas vezes está faltando.”

Ao lado do automóveis e dos materiais de construção, o setor de móveis está no rol daqueles movidos a crédito e que estão entre os mais afetados pelo não repasse integral da taxa básica de juros para o custo do financiamento ao consumidor. Em 12 meses até março deste ano, as vendas de móveis e eletrodomésticos caíram 2,1% e poderiam ter crescido quase 1%, se o juro fosse menor. Diante da dificuldade, Barakat conta que começou a olhar para dentro da sua empresa. “Estamos indo atrás de tecnologia para cortar custos.”

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