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Líder de mercado, Brasil vende para o exterior US$ 1,4 bilhão em sementes

País também faz exportações sociais de tecnologia agrária para ajudar no desenvolvimento de outras nações

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela

O Brasil é o terceiro maior mercado produtor de sementes do mundo, atrás de Estados Unidos e China. Graças ao seu potencial genético e alta capacidade de produção, o País vem sendo procurado por empresas e produtores de nações localizadas principalmente na faixa de clima tropical para exportar sementes. Companhias nacionais já são especialistas em sementes forrageiras, usadas para formar pastos e alimentar o gado. O Brasil lidera esse mercado, que movimenta mais de US$ 1,4 bilhão (R$ 6,8 bilhões) ao ano.

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Recentemente, o País obteve a equivalência dos sistemas de certificação de sementes para a Europa, abrindo um grande mercado para a produção nacional. Em 2019, pela primeira vez, sementes brasileiras de aveia preta foram exportadas para a França. A aveia preta é uma forrageira usada para melhorar a alimentação dos bovinos no inverno.

A Embrapa, que faz o monitoramento tecnológico de cultivares de forrageiras, é líder mundial na geração de cultivares (variedades) de forrageiras tropicais. A empresa mantém registro de 47 cultivares que podem ser comercializadas no País e no exterior. Os capins braquiária e marandu lideram um mercado que, só no Brasil, abastece 160 milhões de hectares de pastagens, sendo que 60% são pastos plantados. As duas gramíneas respondem por 70% da produção de sementes. Outras 47 empresas comercializam e podem exportar sementes de gramíneas tropicais do Brasil. A rastreabilidade permite conhecer a história e a trajetória de sementes e mudas até a chegada ao local de plantio. A certificação garante a qualidade e credibilidade do insumo.

Exportações sociais

As tecnologias brasileiras também são exportadas sem fim lucrativo, para ajudar no desenvolvimento da produção em países com populações vulneráveis. Por meio da Embrapa, o Brasil desenvolve projetos agrícolas estruturantes com países da África, fornecendo nossa tecnologia para alavancar as condições de vida de populações do continente africano.

Técnico da Embrapa em Nampula, norte de Moçambique; Brasil ajuda outros países a desenvolverem tecnologia agrícola Foto: Brisa Chander / Estadão

As iniciativas incluem validação e transferência de tecnologias, fortalecimento de instituições de pesquisa e capacitação de profissionais. “Geralmente são projetos com um alto volume de recursos financeiros, com mais de dois anos de duração e voltados para o fortalecimento institucional”, informou a Embrapa.

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