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Auxílio Brasil voltará a ser chamado de Bolsa Família em governo Lula

Equipe de transição já chama programa de Bolsa Família e negocia PEC para autorizar novo governo a manter benefício de R$ 600 e ter licença para gastar fora do teto de gastos

Foto do author Daniel  Weterman
Foto do author Adriana Fernandes
Por Daniel Weterman e Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu rebatizar o programa Auxílio Brasil de Bolsa Família, devolvendo o nome dado durante os governos do PT para o programa de transferência de renda.

Integrantes da cúpula do PT confirmaram que o nome do programa voltará a ser Bolsa Família. A prioridade é manter o benefício de R$ 600 mensais a partir de janeiro. Para isso, a equipe de transição apresentará uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com uma licença para o governo gastar fora do teto de gastos públicos em 2023.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu rebatizar o programa Auxílio Brasil de Bolsa Família Foto: Agência Brasil

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O nome Auxílio Brasil foi dado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro no ano passado, após o fim do auxílio emergencial, pago durante a pandemia de covid-19.

Nesta quinta-feira, 3, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin se reuniu com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e outros parlamentares para negociar a peça orçamentária do próximo ano.

Ao falar sobre a PEC, todos usaram o nome “Bolsa Família” ao se pronunciar sobre o programa de transferência de renda. “Pode utilizar”, disse Alckmin quando perguntado se o novo governo rebatizará o programa. “Ao fim e ao cabo, vai dar no mesmo”, afirmou o relator do Orçamento. Nos bastidores, o nome Bolsa Família é dado como certo a partir de janeiro.

O Brasil vai entrar em 2023 com o maior programa social de transferência de renda da história e um orçamento cinco vezes maior do que existia antes da covid-19. Os recursos para o programa social vão ter um salto gigantesco num período de três anos, saindo do patamar de R$ 32 bilhões, pago em 2019 para R$ 157,7 bilhões no ano que vem.

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