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Banco Central reduz compulsório

Para baixar os juros ao consumidor, o BC reduziu o compulsório nos depósitos à vista. Em setembro, a redução foi de 75% para 65% e, em março, para 55%. Agora estão em 45%. Nesse período, os juros para empréstimos continuaram salgados.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Banco Central (BC) reduziu, ontem, o compulsório sobre os depósitos à vista dos bancos de 55% para 45%. Isso significa que os bancos estarão recolhendo menos dinheiro ao BC e, assim, poderão dispor de mais recursos para emprestar aos clientes. No total, serão mais R$ 3,3 bilhões. O principal objetivo da instituição com a medida é promover uma maior redução das taxas de juros cobradas pelos bancos dos consumidores. Até o dia 3 de julho, o BC estará liberando o dinheiro dos bancos. Foi a terceira redução feita pelo BC no compulsório dos depósitos à vista. Em setembro, o compulsório passou de 75% para 65% e, em março passado, caiu para 55%. De acordo com o BC, o efeito da queda do compulsório sobre as taxas demora em torno de três meses. Porém, elas podem começar a cair por conta da expectativa das instituições. Ou seja, como os bancos já sabem que poderão contar com mais dinheiro disponível, eles podem começar a emprestar a um juros mais baixo Taxas para crédito ao consumidor estão muito elevadas O crédito ao consumidor no País ainda é muito caro. O empréstimo pessoal - modalidade de crédito ao consumidor com os juros mais baixos do mercado - oferece taxas em torno de 70,56% ao ano, de acordo com dados do Procon-SP. No cheque especial o consumidor paga taxas salgadas de 187,52% ao ano. Veja no link abaixo a tabela de juros do Procon, com se em pesquisa junto a 14 instituições financeiras da Grande São Paulo. Se considerarmos que os bancos oferecem ao cliente o dinheiro que ele capta junto aos investidores, pagando taxas em torno de 16,97% ao ano para grandes quantias, nos Certificados de Depósito Bancário, ainda há muito a ser reduzido. Os bancos alegam que essa diferença, o chamado spread bancário, é alto devido à inadimplência de alguns clientes.

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