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Bets conhecidas ficam fora da lista de legalizadas pelo governo federal; veja quais

Duas das maiores plataformas que operam no País, além de duas investigadas pela Polícia Civil, estão entre as ausentes na relação de legalizadas pelo ministério publicada na terça-feira, 1º

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Por Redação
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O Ministério da Fazenda divulgou nesta terça-feira, 1º, uma lista com as empresas de apostas online que pediram à pasta, no prazo de 17 setembro, autorização para operar no País e foram consideradas em conformidade com a legislação. Na lista, que traz 193 marcas de 89 empresas, chama a atenção a ausência de alguns nomes conhecidos entre apostadores e também nos universos do futebol e da música.

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Entre esses ausentes na lista, estão duas plataformas de apostas que figuram entre as maiores do mercado nacional, a F12.bet, e a 1x001, retratadas na reportagem Bets: quais são as maiores empresas de apostas que atuam no Brasil?, publicada em 13 de setembro e que desde então ainda não deram retorno aos pedidos de entrevista do Estadão.

Também chama a atenção a ausência da Esportes da Sorte e da Vai de Bet (esta plataforma, porém, tem autorização para funcionar, uma vez que liminar da Justiça Federal autorizou que empresas de apostas online credenciadas pela Loteria do Estado do Rio de Janeiro), que nas últimas semanas foram ligadas a uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco que, na Operação Integration, apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais.

Procurada na noite de terça-feira, 1º, a Vai de Bet disse que ainda não tinha uma posição oficial sobre não constar na lista das reconhecidas pelo ministério. A empresa afirmou que cumpriu com as exigências da portaria e buscará entender a situação na Secretaria de Prêmios e Apostas do ministério.

A Esportes da Sorte afirma que procurou a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) para “retificação”, já que diz ter cumprido todas as exigências da portaria 1.475/2024 – que estabelece os prazos de adequação das bets. O Corinthians, patrocinado pela empresa, reiterou que a Esportes da Sorte atendeu as demandas necessárias para a regularização desde o dia 20 de setembro — porém, embora a portaria dê até o dia 30 de setembro prazo para indicação de marcas em atividade e os respectivos domínios de internet onde cada bet atua, isso vale apenas para aquelas que já tenham apresentado requerimento de autorização até 17 de setembro, data de publicação da portaria.

Abaixo, saiba um pouco mais sobre cada uma destas ausentes da lista:

Desde a testa terça-feira, 1º, as empresas de apostas apostas online não regularizadas estão proibidas de oferecer jogos Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Esportes da Sorte

A Esportes da Sorte tem ampla atuação no mundo do futebol e patrocina clubes de diferentes divisões do Brasil. Na Série A do Campeonato Brasileiro, Corinthians, Grêmio, Athletico-PR e Bahia recebem investimentos da empresa.

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O time feminino do Palmeiras também é patrocinado pela Esportes da Sorte. Além destes, a marca apoia Ceará, da Série B, Náutico e ABC, da Série C, e Santa Cruz, da Série D. O patrocínio com o Corinthians foi assinado em julho, com um total de R$ 309 milhões por três anos de contrato. É o maior valor pago entre os oito clubes que a marca apoia. O acordo conta com cláusulas contratuais e não é dividido igualmente pelos três anos. Somando os demais clubes da Série A, a empresa desembolsa cerca de R$ 80 milhões anuais. Destes, somente o Grêmio não expõe a logo como patrocínio máster.

No Corinthians, a Esportes da Sorte se dispôs, inclusive, a bancar a contratação de maior impacto no futebol brasileiro no ano, a do holandês Memphis Depay.

Vai de Bet

A Vai de Bet patrocinava o Corinthians, em acordo de R$ 370 milhões por três anos, mas rescindiu unilateralmente o contrato após escândalo — na ocasião, a Vai de Bet negou envolvimento com as irregularidades, como o pagamento a “empresas laranjas”, e rescindiu o contrato sob o argumento de que não manteria a parceria diante das suspeitas.

Além do meio do futebol, o seu nome recentemente foi ligado ao da música sertaneja. Em live em seu perfil do Instagram, o cantor Gusttavo Lima afirmou que não é sócio da casa de apostas online Vai de Bet. Ele chegou a ter um mandado de prisão preventiva decretado, revogado no dia seguinte. A afirmação de que o artista teria uma participação societária consta no inquérito policial da Polícia Civil de Pernambuco, que comanda a Operação Integration, e apura suposta lavagem de dinheiro com uso de empresas de apostas.

F12.bet

Alessandro Rosa Vieira, o famoso ex-jogador de futsal conhecido como Falcão, é o sócio na F12 Entertainment, hoje responsável pela operação da F12.bet. Após sua aposentadoria do esporte, Falcão se tornou empresário e iniciou um canal no YouTube, mostrando dicas e truques de futebol.

Em 2022, fundou a F12 Entertainment, ingressando nos negócios de apostas esportivas e cassino online. Diferentemente do que ocorre com outras casas de apostas online, Falcão não esconde estar ligado ao negócio. Em vez disso, Falcão é garoto-propaganda da F12.bet, com sua imagem estampada no site da empresa.

Assim como outras bets, a F12 é registrada em Curaçao e tem seus pagamentos processados pela plataforma Paysafe Group.

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1x001

A 1x001 não retornou às tentativas de contato que o Estadão fez. Assim como as demais bets, é operada a partir de empresas registradas no exterior.

Correções

Uma versão anterior desse texto apontava a Betano como uma das empresas que não constavam da lista divulgada pelo governo, mas a empresa está entre as autorizadas.

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