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Busca de clientes, mais despesas

Para conquistar clientes, os bancos devem aumentar suas despesas com tecnologia e marketing. Adotando essa estratégia, os bancos terão mais dificuldade para reduzir custos e aumentar os lucros a partir de agora.

Por Agencia Estado
Atualização:

A agressividade de grandes instituições financeiras na conquista de clientes deve criar mais despesas com tecnologia e propaganda e inibir a redução de custos a curto prazo. No primeiro semestre do ano, o crescimento das receitas com prestação de serviço nos três maiores bancos privados do País aumentou a cobertura dos custos dessas instituições, mas essa situação não é uma tendência de curto prazo. Para analistas, o preço das tarifas deve cair com a maior concorrência. Para o analista do Banco Warburg Dillon Read, Bruno Pereira, o setor só deve apresentar maior declínio de custos em um ou dois anos. O analista da consultoria KPMG, Marcelo Bessan, avalia que a redução das receitas e o aumento das despesas dos bancos em tecnologia, marketing e e-business têm reduzido o impacto dos esforços em diminuir as despesas administrativas. O processo de competitividade do setor está aumentando as despesas dos bancos, especialmente em informática e pessoal especializado, afirma Alberto Borges Matias, sócio da Austin Asis. Os investimentos em Internet ainda não representam efetiva redução de custos porque a utilização de novos canais de comunicação é ainda bastante reduzida. Atualmente, o volume total das transações pela Internet ainda é baixo - de 1,92% no Bradesco, com 1,2 milhão de clientes cadastrados. Com a expansão do número de clientes, aumentaram as receitas com tarifas bancárias no segundo trimestre. As receitas do Itaú com prestação de serviços cobriram 64% dessas despesas, contra 62% no primeiro trimestre. No Bradesco, a cobertura passou de 37% para 51%, porque o banco foi mais agressivo na abertura de novas contas. No Unibanco, a cobertura cresceu de 45% para 46,5%. Em contrapartida, os custos estão praticamente no mesmo patamar do primeiro trimestre. As despesas administrativas subiram de 12,4% para 12,5% no caso do Itaú e de 10% para 10,4% no Bradesco. No Unibanco, houve queda de 11,4% para 11,1%. Para Pereira, esse aumento não é uma tendência, porque a disputa pelos clientes de varejo entre esses três bancos deve diminuir os preços das tarifas.

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