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Opinião|SXSW: Transição energética justa e o que nós temos a ver com isso

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Por Luciana Guilliod

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Durante 10 dias do mês de março, a cidade de Austin, no Texas, se transforma no epicentro da inovação e da criatividade mundial. Chamar o SXSW de evento é simplificar a força desse hub de atração dos melhores profissionais e pensadores do mundo, que se reúnem para discutir um futuro sustentável ao mesmo tempo que buscam construí-lo.

Este ano, a conferência se divide em 25 temas - a segmentação é apenas uma característica humana, pois no fim, tudo e todos estamos conectados. Não é possível falar de mobilidade sem falar de energia, mudanças climáticas e tecnologia. Não há desenvolvimento sem respeito à natureza e às pessoas - aliás, as pessoas também são natureza.

No ano passado, os Estados Unidos gastaram US$165 bilhões de dólares com eventos climáticos extremos, informou a secretária americana de energia Jennifer Granholm em sua apresentação no SXSW. Nos anos 90, o investimento era da ordem de US$8 bilhões.

"Nós criamos uma ameaça existencial climática e vamos precisar de todos os meios para resolvê-la. As empresas não podem mais se esconder dizendo que os efeitos de seus negócios são 'externalidades', afirmou Ryan Gellert, CEO da Patagônia e um dos keynotes do evento. "Devemos nos perguntar o que podemos fazer como cidadãos e como profissionais. Em toda crise humana, empresas têm um papel preponderante. Os problemas humanos não serão resolvidos se as empresas não fizerem a sua parte".

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Temos tudo para largar na frente e fazer a nossa parte. O Brasil é uma potência em energia de baixo carbono, com participação de 47% de renováveis na matriz energética, sendo 85% de renováveis na matriz elétrica e cerca de25% de renováveis na matriz de transportes. O petróleo do pré-sal está entre os mais descarbonizados do mundo, com 40% menos emissões por barril que a média mundial.

A Petrobras ambiciona atingir a neutralidade de emissões líquidas operacionais de gases de efeito estufa, em prazo compatível com o compromisso do acordo de Paris. Uma vez que a mudança de matriz energética leva tempo, produzir petróleo com maior eficiência e menor intensidade de carbono é uma contribuição imediata e relevante para a redução das emissões mundiais. Já reduzimos a nossa emissão operacional total em 21% desde 2015, e seguimos rumo ao compromisso de redução de 25% até 2030.

Além disso, a Petrobras enxerga a bioeconomia como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, essa grande riqueza do Brasil e do mundo. As ações em florestas da Petrobras contemplam, até o momento, US$ 25 milhões até 2025. Somente nos 21 projetos do Programa Petrobras Socioambiental são 25 milhões de hectares protegidos, correspondendo a 3% do território brasileiro. Os benefícios são grandes: para cada real investido, há R$8 de retorno socioambiental.

Esses projetos são de extrema importância para viabilizar uma transição energética justa, onde o setor privado tem um papel relevante ao se comprometer com negócios responsáveis e em alinhamento com os povos e comunidades. Governos, empresas, instituições, sociedade civil: todos temos que nos ajudar e nos cobrar resultados. Queremos criatividade, inovação e tecnologia, mas precisamos primeiro de um planeta saudável para recebê-las.

Luciana Guilliod é relações públicas, viajante e carioca, com mestrado em Comunicação de massa e representações sociais. Atua na área de responsabilidade social da Petrobras.

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