Em declaração ao jornal O Globo, o vice-presidente, Michel Temer, admitiu que, nada mais obstando, seu nome preferido para o Ministério da Fazenda é Henrique Meirelles.
Ele reúne um certo conjunto de vantagens. Em primeiro lugar, é capaz de trazer de volta a confiança perdida depois de todos esses anos de resultados desastrosos na economia.
Em segundo lugar, já era o nome tantas vezes proposto pelo ex-presidente Lula e tantas vezes recusado pela presidente Dilma que, decididamente, não gostava dele. O PT não pode dizer que Meirelles não serve para o cargo.
Em terceiro lugar, Meirelles tem jogo de cintura. Não é daqueles que empurram remédio amargo goela abaixo sem garantir a cura futura.
Seu objetivo imediato será reequilibrar as contas públicas oferecendo em troca mais investimentos, redução da inflação, dos juros e retração do desemprego. Dado seu prestígio internacional, o Brasil tende a receber mais capitais externos e essa maior entrada de dólares é fator que tende a ajudar a baixar a inflação. É esperar para ver.
E, atenção, Meirelles quer mais. Quer a presidência da República e trabalhará para isso.