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Bastidores do mundo dos negócios

Caixa negocia com auditor retirada de ressalva do balanço

A Caixa Econômica Federal negocia com a PwC a retirada da ressalva das suas demonstrações financeiras por conta de investigações da Polícia Federal envolvendo o banco público. Ainda assim, pode ser que a ponderação seja mantida no balanço do primeiro trimestre, que será divulgado amanhã, dia 24, e saia apenas no demonstrativo do segundo trimestre. Para convencer a PwC a retirar a ressalva, a nova gestão da Caixa colocou em prática sugestões da consultoria para elevar os padrões de governança. Além de criar uma diretoria de Integridade, o banco público se movimenta para fazer o mesmo com as áreas de auditoria e corregedoria. As sugestões já haviam sido feitas pelo auditor à administração anterior do banco, mas ainda não tinham sido implementadas. Outra mudança diz respeito ao Conselho de Administração, que passou a contar com conselheiros de mercado.

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Por Coluna do Broadcast

Até quando? O banco negocia a retirada da ressalva com a justificativa de que as investigações em curso não geraram impacto contábil à instituição. Esperar o término das operações pode levar muito tempo, e a marca no balanço dificulta a Caixa a levantar recursos neste momento, principalmente no exterior. Como a nova gestão considera emitir até R$ 8 bilhões em letras financeiras, tradicional título de captação bancária, sem a ressalva, fica mais fácil. Além disso, a Caixa também tem planos de abrir o capital de quatro subsidiárias no Brasil e no exterior.

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Túnel do tempo. A PwC incluiu uma opinião com ressalva no balanço da Caixa em 2017 por conta do envolvimento de administradores e ex-funcionários do banco em operações deflagradas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Na época, a instituição chegou a atrasar a divulgação de um balanço trimestral em que a auditoria se recusou a assinar por conta das investigações. Desde então, a Caixa tenta retirar a ressalva. Procurado, o banco não comentou. A PwC Brasil informou que tem por política não comentar casos envolvendo clientes, pela existência de cláusulas de confidencialidade.

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