No exterior, o foco está na decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano), na quarta-feira (14). Os analistas dão como certa a elevação dos juros, atualmente na faixa entre 0,25% e 0,50%, e vão procurar no comunicado da decisão pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária. Tais indicações também devem vir da entrevista coletiva da presidente da instituição, Janet Yellen, e das revisões das estimativas das principais variáveis da economia a serem divulgadas pelo Fed. Nos últimos dias, no Brasil, a perspectiva de aceleração do ritmo de queda da taxa Selic, hoje em 13,75%, para 0,50 ponto em janeiro ganhou força. As apostas foram estimuladas pela comunicação do Banco Central na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e, ainda, pelo IPCA de 0,18% em novembro, abaixo das previsões do mercado.
Agrícolas. Os futuros de cacau negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acumularam perda de 9,4% na semana, com estimativas de que a produção mundial vai superar a demanda na atual temporada. O vencimento março cedeu a US$ 2.170 por tonelada, o menor nível em três anos e meio. A Organização Internacional do Cacau ainda não divulgou sua primeira estimativa para 2016/2017, mas algumas corretoras já preveem um excedente confortável, após um déficit de 150 mil toneladas no ciclo anterior. As vendas de chocolate estão diminuindo no mundo, disse um operador durante um evento do setor, segundo a agência Dow Jones. A alta da amêndoa nos últimos dois anos levou fabricantes de chocolate a aumentar seus preços, o que resultou em queda da demanda. Enquanto isso, as entregas de cacau nos portos da Costa do Marfim, maior produtor mundial, já estão praticamente no mesmo nível da época correspondente do ano passado, o que é visto como um sinal positivo de produção.