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Notícias do mundo do agronegócio

Bionat, de insumos biológicos, almeja dobrar receita em dois anos

Empresa do Essere Group inaugura nesta semana uma fábrica de produtos à base de bactérias em Olímpia, no interior de SP

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Por Coluna Broadcast Agro
Atualização:

A adoção de insumos biológicos pelos produtores brasileiros deve impulsionar os negócios da Bionat, frente de biodefensivos da holding Essere Group. Neste ano a empresa deve faturar R$ 75 milhões, 71% mais ante 2022, diz Luiz Fernando Schmitt, diretor de Marketing e Novos Negócios. “O crescimento virá da demanda e do aumento orgânico nas áreas de atuação.” A empresa vê aceleração em bioinsumos, que devem alcançar 20% da receita da holding em 2025, de R$ 1 bilhão. Para tanto, a Bionat inaugura esta semana, em Olímpia (SP), uma fábrica de produtos à base de bactérias, com aporte de R$ 30 milhões. E investirá entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões para duplicar a unidade de insumos à base de fungos até o fim de 2024.

Prioridade também em inovação

A Bionat prevê inserir três novos bioinsumos no mercado em 2024, para lavouras de cana, citros e algodão, e 39 outros ao longo dos próximos anos. A estratégia é aumentar sua participação de mercado. “A estrutura industrial vai permitir faturar R$ 500 milhões”, diz Schmitt.

Para agricultor, investimento não para

Mesmo com o cenário de preços mais baixos das commodities, os produtores tendem a aumentar o investimento em tecnologias para as lavouras, a fim de obter melhores rendimentos, avalia o executivo da Bionat. “Os bioinsumos garantem uma expressão maior do potencial genético das culturas”, observa.

Parque fabril da Essere Group em Olímpia (SP) Foto: Essere Group

Novas fronteiras

A Crop Care, fabricante de insumos especiais controlada pelo Grupo Lavoro, dá seus primeiros passos fora do Brasil. Os planos são de ter, no início de 2024, unidade da Agrobiológica Sustentabilidade, uma das seis empresas que compõem a holding, operando na Colômbia. Marcelo Pessanha, CEO da Crop Care, diz que no curto prazo a estratégia é atender às culturas de hortifrúti em todo o território colombiano. O investimento inicial no país é estimado em R$ 10 milhões. Por aqui, a ideia da empresa é intensificar a presença em áreas como Cerrado, Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Pará, conta Rafael Garcia, CEO da Agrobiológica.

Consolida

A Crop Care também segue de olho em fusões e aquisições. “Temos algumas no pipeline e acredito que nos próximos dois anos vamos anunciar mais transações”, antecipa Pessanha. A aquisição mais recente foi a Cromo Química, especializada na produção de fertilizantes de alta performance, finalizada em maio. A receita da Crop Care cresceu 94% no ano fiscal de 2023, encerrado em 30 de junho, para US$ 120,8 milhões.

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De olho

Fundos de atuação global que investem no setor de proteína animal vão lançar, amanhã, a 6.ª edição do ranking da Fairr Initiative. O documento classifica as 60 maiores multinacionais produtoras de carnes, lácteos e peixes em relação à sustentabilidade, dando um norte para os fundos sobre onde aplicar os US$ 70 trilhões que têm sob sua gestão. Entre as brasileiras, a Fairr adianta à coluna que JBS caiu de posição. Já a Minerva subiu. Marfrig e BRF não se</CW> moveram no ranking.

Efeito estufa

A Fairr Initiative também mede as emissões de gases do efeito estufa das empresas, a partir de informações repassadas por elas mesmas. Sob este aspecto, o bloco das 20 maiores, que inclui empresas do porte de JBS – a única brasileira –, Tyson Foods e Danone, aumentou em 3,28% as emissões entre 2022 e 2023.

Imbróglio

Mesmo que o Congresso Nacional decida nesta semana manter ou derrubar os vetos presidenciais ao projeto de lei do marco temporal, a resolução do assunto está longe do fim, avaliam lideranças do setor produtivo. A tendência é a de que o tema volte ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo próprio governo ou pelo agronegócio. “Ainda falta muito para uma melhor definição, sobretudo quanto às indenizações de terras. O marco temporal deve concentrar o debate em 2024 pelo menos”, diz o diretor jurídico de uma entidade do setor.

Giro

Os casos de gripe aviária em aves silvestres seguem crescendo e o governo federal vai estender o estado de emergência zoossanitária. A medida vale até 18 de novembro, mas deve ser prorrogada por mais 180 dias, segundo Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. “Entramos no período de maior risco para a doença”, diz.

Vem aí

O setor agropecuário vai se reunir nesta semana (na proxima) para discutir a nova revolução verde, do alimento à energia. Este é o tema do Estadão Summit Agro 2023. Na quarta-feira, no auditório do Museu de Arte de São Paulo, empresários, lideranças e autoridades vão avaliar oportunidades e desafios do Brasil para ser uma superpotência na área.

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