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TIM quer conectar 20 milhões de hectares de lavouras no Brasil com 4G

Companhia atende mais de 30 grandes grupos do setor, como BP Bunge, Adecoagro e Citrosuco, e prevê aumentar a receita de IoT em quatro vezes em cinco anos.

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Por Redação
Atualização:

Líder em conectividade no campo, a TIM ambiciona expandir a cobertura de internet em lavouras no País. A meta é alcançar 20 milhões de hectares em área rural conectados até o fim de 2024 ante os atuais 16 milhões, conta Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM Brasil. O resultado será o dobro da ampliação obtida em 2023, de 2 milhões de hectares ante 2022. “O aumento virá de grupos produtores de grãos e fibras de Mato Grosso, Matopiba e São Paulo. O agro é a principal vertical de crescimento do mercado corporativo (B2B) IoT”, diz. A companhia atende mais de 30 grandes grupos do setor, como BP Bunge, Adecoagro e Citrosuco e prevê aumentar a receita de IoT em quatro vezes em cinco anos.

Em média, propriedades conectadas, como a Fazenda Água Boa, em Mato Grosso, projeto da TIM com a Case IH, têm 10 mil hectares Foto: TIM/Divulgação

Conectividade puxa rentabilidade

Mesmo com os preços mais baixos dos grãos, o que restringe investimentos, a TIM vê interesse em conexão nas propriedades. A busca por eficiência motiva os aportes, conta Dal Forno. O custo médio da antena 4G da companhia é de 15% a 25% o preço da saca de soja por hectare.

Conexão em rodovias ajuda

Outro pilar de crescimento da área coberta pela TIM no campo vem das parcerias com concessionárias rodoviárias. Neste ano, firmou acordo com a Ecorodovias, em Anápolis (GO). “A maior parte dessas rodovias está em área agrícola”, diz Dal Forno. A TIM tem 4,5 mil km de malha conectada. Pelo menos sete projetos estão no radar para o próximo ano.

Mercado aquecido

A Basf prevê aumento de 15% das vendas de sementes de algodão na safra 2023/24, em linha com o mercado. A área plantada no País será maior, projeta Hugo Borsari, diretor de Marketing da Divisão de Soluções para Agricultura da Basf no Brasil. “Devemos crescer também devido ao forte investimento em inovação no Brasil, com lançamentos de produtos e de mais uma tecnologia, o TwinLinkPlus®”, conta. A comercialização de cultivares seguirá até o fim do plantio, em janeiro.

Sem pressa

Já em relação à soja, produtores estão cautelosos. Não mais do que 5% das sementes que utilizarão na safra 2024/25, a ser semeada em setembro de 2024, foram adquiridas, estima a Basf. Borsari cita o atraso no plantio da safra atual e um ritmo lento nas negociações de insumos para a próxima temporada. “Até o fim de março de 2024, estima-se que 70% das sementes de soja para estarão comercializadas no Brasil”, diz.

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Retomada

O menor apetite das distribuidoras de insumos, que já lideraram fusões e aquisições no agro, fez cair em mais de 50% tais operações este ano, diz José Venâncio, sócio da assessoria Hand. Ele comenta que as varejistas sofreram com preços mais baixos dos adubos e estoques em patamares menos competitivos, o que aumentou o endividamento e freou o ímpeto por aquisições. A expectativa é de recuperação em 2024, com cotações mais altas, o que sinalizaria para um maior número de acordos fechados em 2025. O clima, no entanto, segue no radar e deve guiar os negócios.

Queridinhos

Os produtos de origem biológica vão continuar sendo “a bola da vez” nas operações, projeta Venâncio. Sementeiras e agtechs de serviços agrícolas ainda podem ganhar espaço em fusões e aquisições, assim como empresas de saúde e nutrição animal. Em relação às regiões, o Sul tem potencial para mais operações, após dois anos de quebra de safra, e o Nordeste, em especial nas culturas de algodão e hortifrútis. Minas Gerais, protagonista na produção de leite, também tem boas oportunidades de aquisições.

Descasado

Enquanto o preço do diesel subiu 10,3% entre agosto e novembro, o valor do frete rodoviário subiu 7,7%, aponta a Fretebras, plataforma de transporte rodoviário de cargas. O frete ficou, em média, em R$ 6,73 por km rodado em novembro e o diesel, em R$ 6,08/litro. “O diesel representa cerca de 60% do custo do frete”, aponta Bruno Hacad, diretor de operações.

Giro

Processadores de soja e fabricantes de biodiesel esperam o aumento da mistura obrigatória do biocombustível no óleo diesel dos atuais 12% para 13% em janeiro e para 15% em março de 2024. A decisão deve ser tomada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Industriais afirmam que a medida não acarretará na alta no preço do combustível.

Vem aí

A indústria das carnes e o setor produtivo veem com bons olhos a auditoria pelas autoridades chinesas em 18 frigoríficos no Brasil - três já habilitados, 11 de carne bovina e 4 de frango. A visita começa sábado (9) e se estende na próxima semana. A perspectiva é de que novas fábricas recebam aval para exportar proteína para o país ainda este ano./ ISADORA DUARTE E AUDRYN KAROLYNE

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