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Como está o cenário para a renda fixa

Indefinição do preço de petróleo parece não ter provocado impacto negativo nas aplicações de renda fixa, mas ainda há um clima de cautela por causa da decisão do governo em manter os juros. A melhor opção continua sendo os fundos DI.

Por Agencia Estado
Atualização:

A indefinição do preço do barril de petróleo no mercado internacional, por enquanto, parece não ter provocado impacto negativo nas aplicações de renda fixa. Porém, alguns administradores de recursos de terceiros já começam a adotar uma posição mais conservadora. Essa posição dos administradores está atrelada à decisão do governo de manter a taxa de juros em 16,5% ao ano. Se a cotação do petróleo continuar elevada, a tendência será de aumento do preço da gasolina e, conseqüentemente, da inflação, o que adiaria o processo de redução gradual das taxas básicas de juro. Com isso, os fundos de renda fixa com a carteira forrada de títulos prefixados estariam sujeitos a fortes prejuízos. Porém, as perspectivas continuam positivas. Os fundos de renda fixa, apesar do nervosismo do mercado, são indicados como boa opção para quem pretende investir no médio e longo prazos. A justificativa, segundo o diretor de Produtos da Lloyds Asset Management (LAM), Paulo de Sá Pereira, é que o preço do petróleo deve recuar e acomodar-se entre US$ 25 e US$ 30, o que possibilitaria a redução do juros e, assim, obter bons retornos nos fundos de renda fixa. Seguindo esse raciocínio, o gestor de Renda Fixa do Banco Fibra, Antonio Martins, está retomando a posição de suas carteiras em títulos prefixados, já que, no início do mês, a instituição havia decidido diminuir a parcela do fundo nesse tipo de operação. "No momento, vamos analisar como o mercado se comporta e, só depois, decidir se aumentamos mais as posições em prefixados", diz. A melhor opção No curto prazo, os fundos DI continuam sendo a melhor opção. Com a manutenção da taxa de juros, o investidor ainda tem a garantia de uma boa rentabilidade, conforme a diretora de Gestão da Fator Administração de Recursos, Roseli Machado. Para quem tem maior predisposição a risco, o momento pode ser propício a aplicações em fundos derivativos, porque, quando o mercado está mais volátil, aparecem mais oportunidades de ganho. Sá Pereira explica que, em cenários estáveis, o gestor precisa alavancar mais o patrimônio da carteira para obter retorno positivo. Segundo outro especialista, o diretor-adjunto do Bandeirantes, Alexandre Strutz, o resultado desse tipo de fundo depende da percepção do gestor para posicionar sua carteira.

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