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Cresce número de programas de assistência a demitidos

Por Agencia Estado
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Com o aumento das demissões na indústria subiu o número de demissões assistidas (outplacement, na terminologia em inglês). O serviço, habitualmente oferecido com exclusividade a executivos, agora atende a técnicos ligados a desenvolvimento, suporte e produção operacional das fábricas, segundo a Adecco, empresa de recursos humanos. "A garantia de que os funcionários demitidos irão contar com um serviço de apoio no momento da demissão passou a ser, em alguns casos, uma reivindicação de sindicatos como o dos metalúrgicos", afirma a gerente da Divisão de Projetos Especiais da empresa, Denise Zimmermann, que nos últimos três meses coordenou cinco programas de demissões assistidas, envolvendo mais de 300 profissionais de áreas técnicas. Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o nível de emprego industrial no Estado de São Paulo caiu 0,43% em novembro, na comparação com outubro. A queda significa o fechamento de 6.872 postos de trabalho. No acumulado de janeiro a novembro, o nível de emprego teve queda de 1,66%, ou 26.707 vagas fechadas. No acumulado em 12 meses terminados em novembro, a queda ficou em 1,86%, representando 29.952 empregos. Diante deste panorama, as próprias empresas, que até agora ofereciam esses serviços apenas aos executivos de nível gerencial, da diretoria e presidência, estão começando a estender o benefício para funcionários de outras áreas, por iniciativa própria. "As empresas, em geral, estão mais preocupadas com sua imagem, em um mercado onde a busca e a retenção de talentos tornou-se um fator fundamental de desenvolvimento", destaca Denise. A Adecco Top Services integra o Grupo Adecco, que conta com 250 mil clientes em todo o mundo, entre os quais Volkswagen, General Motors, Ford, Mercedes-Benz, Carrefour, Alcatel, Gessy Lever, Nestlé, Xerox, Basf e Ericsson, entre outras. Seu faturamento em 2000 foi cerca de US$ 15,87 bilhões, e sua folha média de pagamento anual situa-se em torno de 3 milhões de trabalhadores. No Brasil, a empresa encerrou 2001 com um crescimento de 42% no número de contratações de temporários e terceirizados e 26% da carteira de clientes, em relação a 2000. A Adecco administrou, no ano passado, cerca de 83 mil trabalhadores - uma média superior a 7 mil empregados/mês em sua folha de pagamento.

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