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Deputado quer redução de privilégios para servidores atuais na reforma administrativa

Pela proposta do governo encaminhada ao Congresso benefícios só novos ingressantes do serviço público serão afetados; Tiago Mitraud (Novo-MG) diz que partido pode apresentar emenda sobre o tema

BRASÍLIA - O coordenador da frente parlamentar da reforma administrativa, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) acredita que a redução de privilégios, o chamado “fim das distorções”, deve ser aplicada já para os atuais servidores e não apenas aos novos ingressantes do serviço público, como o previsto na proposta apresentada nesta quinta-feira, 3, pelo governo. 

Essa mudança pode ser uma das emendas às quais o partido Novo tem o direito de apresentar durante a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara. “Estamos estudando ainda, mas isso é um ponto que chamou a atenção”, disse Mitraud ao Estadão.

Odeputado Tiago Mitraud, coordenador da frente parlamentar da reforma administrativa, defende que os servidores atuais sejam incluídos naredução de privilégios Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados - 07/07/2020

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Essas distorções são pontos como férias acima de 30 dias, aposentadoria compulsória como punição, incorporação ao salário de valores referentes ao exercício de cargos e funções, entre outros.

“Uma coisa é direito adquirido outra coisa é privilégio adquirido”, disse o parlamentar.

Sobre o restante do texto do governo, Mitraud considerou um avanço e um ponto de partida para o Congresso tratar do tema. “Não é só esse texto que vai mudar tudo o que tem de ser alterado, mas foi um ponta pé inicial importante”, disse.

Para ele, no entanto, a criação de novos vínculos sem estabilidade pode gerar embates no Congresso, principalmente, com os partidos da oposição. “Porque é muito diferente da regra atual. Acho muito mais justo, mas vai suscitar debate”, disse.

A proposta de reforma administrativa do governo vai criar cinco novos tipos de vínculos para servidores públicos, apenas um deles com garantia de estabilidade no cargo após três anos.

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Para aprovar uma PEC, é preciso o apoio de 3/5 do Congresso (308 de 513 deputados e 49 de 81 senadores), em dois turnos.

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