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Estadão Empresas Mais: governo ‘queimou a largada’ do fiscal, diz ex-diretor do BC

Para Reinaldo Le Grazie, o desafio fiscal que está se acumulando no Brasil não será ‘coisa para criança’

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Foto do author Renata Pedini
Foto do author Francisco Carlos de Assis
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast), Renata Pedini (Broadcast) e Francisco Carlos de Assis (Broadcast)
Atualização:

O ex-diretor do Banco Central Reinaldo Le Grazie, sócio da gestora Panamby Capital, disse nesta quinta-feira, 23, que o Brasil entra em 2024 com cenário positivo, de continuidade de queda dos juros e do crescimento da economia, mas as contas públicas são o principal temor. “O desafio fiscal que está se acumulando no Brasil não vai ser coisa para criança”, disse.

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“O governo queimou a largada do fiscal, começou a gastar antes de assumir”, afirmou. “A partir de 2025 vamos ter novos desafios pela frente”, completou, em debate durante o evento de entrega do Prêmio Estadão Empresas Mais, em São Paulo.

Le Grazie mencionou que 2024 nem será um ano tão desafiador. O problema maior pode ser 2025, por causa dos gastos públicos. “Vamos entrar 2024 com cenário positivo, o primeiro semestre será bom.”

Para Le Grazie, 2024 pode nem ser tão ruim, mas 2025 será desafiador  Foto: Werther Santana/Estadão

Segundo ele, o ano de 2023 foi marcado por desafios de controle da inflação na economia mundial, além de desafios geopolíticos. Na economia, a China em desaceleração e os Estados Unidos crescendo, mas com inflação.

Até setembro, o ambiente na economia não era muito diferente do início do ano, disse Le Grazie. “Ambiente de muita dúvida, com inflação alta”, disse. “A taxa de juros subiu demais nos Estados Unidos.” A avaliação dele é que em novembro, “houve grande alívio”, ressaltando que os mercados tiveram melhora importante, aqui e lá fora.

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