No nosso dia a dia usamos vários tipos de aplicativos para consultar a conta bancária, para pedir um táxi, comida, reservas de cinema e outras tantas coisas. Mas daqui para frente vamos ter à disposição mais que um simples aplicativo, mas sim um “superapp” que é uma plataforma de interface em aplicativo único, entregando aos consumidores uma ampla variedade de produtos e serviços virtuais, possibilitando experiências mais integradas.
Um superapp é um como um canivete suíço que tem várias ferramentas prontas para uso que são os miniapps e que podem ser removidos conforme o interesse do usuário. Esses super aplicativos atendem particularmente as gerações mais novas que já nasceram com um smartphone nas mãos e demandam ferramentas mais poderosas e fáceis de usar.
As empresas com mais visão de futuro, também, estão criando esse tipo de ferramenta com arquitetura e aplicações combináveis para buscar novas oportunidades de negócios digitais. Segundo a empresa de T.I. Gartner, até 2027 mais de 50% da população global será usuária de superapps. A estrutura de um superapp oferece funcionalidades completas, integrando diferentes tipos de pagamentos e transações financeiras, compras online, delivery, cursos, reservas de passagens e hospedagens, além de serem um excelente canal de comunicação.
Os superapps deverão ser expandir para oferecer suporte a chatbots, tecnologias de internet das coisas (IoT) e experiências imersivas como o metaverso. Há vários exemplos de superapps de sucesso ao redor do mundo, como WeChat e PayMe. Mas, no Brasil ainda não faz parte de nosso cotidiano. No segmento financeiro o conceito ainda está limitado ao acesso de serviços tradicionais. No Peru há o Yape que está mais avançado.
A pesquisa Global NextWave Consumer Banking da Ernst & Young aponta que os consumidores não entendem que apenas uma instituição financeira dará conta de todas as suas necessidades como clientes, portanto gostariam de ter acesso a vários serviços bancários e financeiros integrados.
Esses superapps irão facilitar muito a vida das pessoas, particularmente no trato de suas finanças. No entanto, não devemos acreditar que todas essas facilidades irão reduzir a importância da nossa participação no processo de decisão, principalmente em investimentos. Ao contrário, teremos muita liberdade e facilidade de acesso, mas em mercados e produtos cada vez mais sofisticados que exigem mais conhecimento. A participação do investidor deverá ser mais sofisticada.
