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Faturamento das empresas cai 5% no 1º trimestre, revela Serasa

Empresas dos segmentos de alimentos e saneamento foram exceções e conseguiram registrar alta nas receitas

Por AE
Atualização:

Reflexo da diminuição no ritmo da atividade econômica no País durante um dos períodos mais intensos da crise econômica, a receita de vendas das empresas caíram 5% no primeiro trimestre de 2009 ante o primeiro trimestre de 2008, revela estudo da Serasa Experian. Segundo o levantamento, as empresas de siderurgia, metalurgia e bens de capital foram as que tiveram seus faturamentos mais afetados com a recessão devido à escassez de recursos nos mercados externo e interno, com reflexo nos preços das commodities, e a maior seletividade na concessão de crédito, elevando os níveis de ociosidade na produção. A indústria também sofreu com o cenário de retração econômica e viu cair a demanda nacional e internacional, registrando queda de 9,7% na receita das vendas.

 

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As empresas prestadoras de serviços viram uma redução de 2,2% no faturamento nos três primeiros meses do ano. As empresas de energia e telefonia fixa tiveram queda de 4,4% e 6,1%, respectivamente.

 

Dois segmentos conseguiram manter desempenhos favoráveis no período. O de alimentos registrou crescimento de 2%, beneficiado pela queda dos preços, reajuste real do salário-mínimo, redução da alíquota de Imposto de Renda Pessoa Física, e pela manutenção dos programas federais de transferência de renda (Bolsa Família). E o faturamento das empresas de saneamento evoluiu 2,1%, favorecido pelo reajuste tarifário e pelo aumento da população atendida.

 

No comércio, a queda da receita das vendas foi de 1,1%. Para os analistas da Serasa Experian, a política de concessão de crédito mais restritiva, a insegurança na manutenção do emprego e o comprometimento do orçamento das famílias com o pagamento de despesas sazonais (IPTU, IPVA, despesas escolares concentradas no primeiro trimestre do ano) levou o segmento de bens duráveis a apresentar queda. Entretanto, as empresas que atuam no comércio varejista e atacadista de gêneros alimentícios, por terem seu faturamento baseado em itens de primeira necessidade, mostraram desempenho positivo de 2,6%.

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