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Federação dos postos de combustíveis diz que aumento de impostos será repassado

Fecombustíveis, que representa aproximadamente 40 mil revendedores de todo o País, diz que o setor não tem condições de absorver a alta das alíquotas

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast)
Atualização:

A Fecombustíveis, que representa aproximadamente 40 mil postos revendedores de combustíveis de todo o País, diz que o setor não tem condições de absorver e deve repassar integralmente ao consumidor o aumento das alíquotas de PIS/Cofins cobradas na venda de gasolina, diesel e etanol.

"A margem [de lucro] na comercialização de combustíveis vem caindo. Hoje, está em torno de 12%. Não temos gordura para absorver parte do aumento de imposto", comenta o presidente da entidade, Paulo Miranda Soares. "Recebemos o anúncio com pessimismo. Achávamos que sairíamos da recessão e, de repente, nossa carga que já era alta, em torno de 40% a depender do Estado, sobe ainda mais", acrescenta.

Os reajustes ocorreram após o repasse aos postos da série de reajustes dos preços do combustível pela Petrobrás às distribuidoras, ocorrida entre 31 de agosto e 5 de setembro Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO

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Estima-se que as novas alíquotas de PIS/Cofins representem uma alta de 36 centavos no preço do litro da gasolina vendida nos postos. O peso dos dois tributos na hora de abastecer o carro subiu de 31 centavos para 67 centavos, conforme cálculo que leva em conta a mistura de 27% de etanol anidro, cuja tributação é menor, na composição da gasolina comum.

Na quinta-feira, 20, na nota em que confirmaram o aumento dos impostos como medida que visa a reduzir o rombo das contas públicas, os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgaram tabela que mostra um aumento das alíquotas para 79 centavos, mas na sexta-feira, 21, a Receita Federal esclareceu ao Estadão/Broadcast que essa cifra se refere à tributação da gasolina pura, antes da adição ao álcool.

Soares, que tem uma rede de postos no Rio de Janeiro, conta que distribuidoras de combustíveis do Estado já estavam praticando na sexta-feira os novos preços. Segundo ele, o reajuste nas bombas tem impacto sobre o consumo porque, ainda que muitas vezes o uso de carro seja inevitável, os motoristas acabam buscando reduzir o quanto podem o número de viagens para fugir dos preços mais altos do combustível.

++ Com aumento do imposto, abastecer com gasolina pode ficar até 14,6% mais caro

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"A expectativa era que o setor revendedor de combustível crescesse entre 1% e 2% neste ano, mas pelo que estamos vendo ficou mais difícil. Aumentos de combustíveis atingem rapidamente o consumo. Percebemos isso na hora", afirma o presidente da Fecombustíveis. 

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