A General Motors anunciou, esta manhã, que demitirá 12 mil pessoas na Europa, o que corresponde a 19% de seu quadro na região, como parte de sua estratégia para adequar suas operações ao ambiente de demanda fraca por carros e de acirrada pressão competitiva. As demissões ocorrerão nos próximos dois anos, mas 90% dos cortes serão efetivados já em 2005 e atingirão, principalmente, a Alemanha. A reestruturação deve enxugar as despesas anuais da GM na Europa em 500 milhões de euros (US$ 618 milhões). Os custos com as indenizações serão distribuídos ao longo de 2005 e 2006, mas a empresa não forneceu mais detalhes, resumindo apenas que os custos dependerão de negociações com conselhos de trabalhadores. A maior montadora do mundo já vinha indicando que estava cansada de suas perdas na Europa, que totalizaram mais de US$ 2 bilhões nos últimos quatro anos. Logo após o comunicado da GM, a Saab Automobile, unidade da empresa na Suécia, informou que 500 vagas serão fechadas na única fábrica da companhia na Suécia, que emprega 6 mil trabalhadores e produz 10 mil carros anualmente. A GM informou que as demissões não devem afetar seu cronograma de lançamentos. "Qualquer guinada bem-sucedida deve começar com um grande produto", comentou o presidente da GM Europa, Fritz Henderson. Os papéis da empresa eram negociados em alta de 0,16% no pré-mercado de Wall Street. A companhia divulga ainda hoje, provavelmente antes da abertura da Bolsa de Nova York, o seu balanço do terceiro trimestre.
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