Na contramão dos laboratórios nacionais que investem fortemente em medicamentos genéricos, a farmacêutica Biolab, de São Paulo, líder em medicamentos de prescrição médica voltada para cardiologia, está apostando em produtos inovadores, com base na nanotecnologia. A companhia registrou a patente de seu novo produto, o Nanorap (anestésico), nos Estados Unidos, e aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "Já temos interessados em firmar parceria com a gente nos Estados Unidos", disse Cleiton de Castro Marques, presidente da Biolab. Por que a empresa decidiu apostar em inovação? Começamos a investir na produção de medicamentos por meio da nanotecnologia (manipulação de matéria numa escala molecular), cujo efeito é mais rápido. Desenvolvemos o primeiro nanoanestésico tópico (creme), voltado para pequenas incisões, temos outros seis produtos em pesquisa com base nessa tecnologia. Já temos dois dermocosméticos. Um deles, o Photoprot, tem proteção mais prolongada. Esse produto (Nanorap) poderá ser comercializado no Brasil? Registramos o pedido de registro na Anvisa no mês de agosto e aguardamos aprovação para comercializá-lo. Ao mesmo tempo, fizemos o registro da patente nos Estados Unidos, que tem validade por 30 anos. Já fomos procurados para desenvolver o produto em parceria com outras empresas lá fora, mas ainda não fechamos nenhum acordo. O produto será o novo blockbuster (campeão de venda) da companhia? Ele tem potencial para ser um dos nossos produtos mais vendidos. Um dos nossos principais medicamentos hoje é o Vonau (para náusea).