O Japão questionou nesta quarta-feira a liderança da Coreia do Sul no fórum do G20, devido à intervenção do país para conter a alta do won, e insistiu que a ação para controlar sua própria moeda foi qualitativamente diferente. Os comentários feitos pelo ministro das Finanças japonês enfatizam as profundas divisões sobre as políticas cambiais, uma questão que irá dominar a pauta das reuniões do G20 na Coreia do Sul neste mês, depois que o encontro no último fim de semana do Fundo Monetário Internacional (FMI) não teve sucesso em uma solução para o assunto. "Presidindo o G20, o papel da Coreia do Sul será seriamente questionado", disse Yoshihiko Noda a um painel parlamentar quando questionado sobre as intervenções cambiais sul-coreanas. O Japão também interveio no mercado no mês passado, pela primeira vez em seis anos, tentando conter a valorização do iene. Noda, no entanto, apontou diferenças entre a ação de seu país e as intervenções mais frequentes de países como a Coreia do Sul e a China. "Na Coreia do Sul, as intervenções acontecem regularmente, e na China, o ritmo da reforma do iuan tem sido bem fraco", acrescentou Noda.
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