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Klabin se prepara para retomar projetos de expansão

Após cinco anos priorizando a formação de caixa, empresa atingiu Ebitda recorde, de R$ 1,352 bilhão

Durante muitos anos, a diretoria da Klabin ganhou notoriedade por sua postura cautelosa. Diante da crise de 2008, decidiu que o momento era de "sentar no caixa". Depois, anunciou a retomada de investimentos, ainda com o foco em iniciativas de redução de custos. Agora, cinco anos após puxar o freio de mão nos investimentos e virar referência quando o assunto era a reação da indústria brasileira à crise econômica mundial, a Klabin oficializou nova postura."Após alguns anos com foco em redução de custos, a Klabin passará a ficar cada vez mais focada em expansão", sentenciou o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, que substituiu no início de 2011 o ex-diretor Reinoldo Poernbacher. Seu antecessor foi o autor da expressão "sentar no caixa", em referência à política de controle de custos durante o período mais agudo da crise.Embora o início de 2013 marque a mudança de postura em relação a investimentos, o ano ainda será pontuado pela estratégia de cortar custos. Afinal, segundo Schvartsman, o "pico" da captura de resultados dos investimentos em redução de custos ocorrerá no quarto trimestre de 2013.Para atingir o objetivo, a maior parte dos investimentos já foi realizada. Por isso, a empresa começa a mirar investimentos em expansão. Em um primeiro momento, a fabricante de papéis para embalagens priorizou a competitividade do complexo Monte Alegre (PR), o maior do grupo. A segunda etapa foram investimentos na área florestal e, este ano, o foco deve estar na competitividade da produção de papéis para embalagem, onde Schvartsman acredita "ter espaço" para redução de custos.A política de redução de custos contribuiu para que a Klabin registrasse em 2012 um Ebitda (geração de caixa) de R$ 1,352 bilhão - recorde nos mais de 110 anos da empresa - e iniciasse 2013 com perspectivas também positivas. "Esperamos resultado (no primeiro trimestre) tão bom ou melhor do que o quarto trimestre de 2013. Falamos de um resultado, portanto, com melhora significativa em relação ao primeiro trimestre de 2012", destacou Schvartsman. A projeção é consequência da política de redução de custo e da estratégia de priorizar melhor mix de vendas.Expansão. Apesar de não associar essa política à nova etapa da companhia, ao desenvolver mercados considerados mais rentáveis, a Klabin abre espaço para novas capacidades de produção em estudo ou já em implementação. É o caso da compra de duas máquinas, uma de papel sack kraft e outra de reciclados. Os equipamentos, com capacidade para 80 mil toneladas anuais de sack kraft e 110 mil toneladas de reciclados, entrarão em operação em outubro e em meados de 2014, respectivamente.Schvartsman disse que a Klabin também estuda meios para eliminar desperdícios na produção de papel cartão. Sem revelar números, mostrou quanto seria necessário para ampliar a capacidade. "Para acrescermos 50 mil toneladas (de capacidade), demanda aproximadamente R$ 100 milhões (em capital)."A redução de gargalos, somada aos investimentos, ampliaria em 15% a capacidade instalada da Klabin, de 1,9 milhão de toneladas de papéis. Além do provável novo investimento anunciado ontem, a Klabin pretende abrir uma fábrica de celulose em 2015 - a qual ainda depende da definição de parceiros e do equacionamento financeiro - e uma de papel cartão em 2016.

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