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Lula nega dificuldades para entrada de empresas no País

Em Madri, presidente afirma que Brasil tem 'possivelmente as mesmas exigências de outros países'

Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda-feira, 17, que o Brasil esteja criando dificuldades para a entrada de empresas estrangeiras no País. Segundo ele, nos últimos cinco anos entraram no Brasil US$ 33 bilhões de investimentos e um grande número de empresas entrou no País "e possivelmente nós temos as mesmas exigências de outros países".   Mesmo assim, o presidente recomendou que se alguma empresa tiver problemas para entrar no Brasil, por impedimentos burocráticos, deve procurar o governo. "O que fizemos contra a burocracia nos últimos quatro anos é invejável", afirmou.   Crise   Sobre a crise financeira nos Estados Unidos, Lula reafirmou que tem certeza absoluta de que a turbulência não vai afetar o Brasil, e que o País está com uma economia sólida. "Estou convencido e não costumo trabalhar com medo premeditado. Ninguém me assusta na terra. Os Estados Unidos vão ter que resolver o seu problema. Eu tenho certeza que essa crise não vai afetar o Brasil".   O presidente disse que na viagem que fará aos Estados Unidos, no final de setembro, para a reunião da ONU, falará sobre a crise com o presidente americano, George W.Bush."Daqui a alguns dias vou encontrar o meu amigo Bush, e vou dizer a ele: Bush, resolve o problema da crise, porque não vamos deixá-la atravessar o Atlântico e chegar ao Brasil. Ele vai ter que assumir a responsabilidade", afirmou.   Empresários   Durante sua visita a Madri, na Espanha, o presidente se encontrou com 50 empresários do país. No encontro, o presidente do banco Santander, Emílio Botin, disse que o Brasil deve alcançar o grau de investimento em 18 meses.   Para Botin, o País nunca esteve numa situação financeira tão boa, só com boas notícias, como o crescimento de 5% do PIB, a inflação controlada em 4%, e os US$ 160 bilhões de reservas. De acordo com ele, a situação do Brasil é importante para América Latina e o caminho escolhido pelo País é o mais eficiente para resolver os problemas da região. Botin confirmou para a imprensa que vai fechar a compra do ABN Amro.   Todos os empresários presentes ao encontro fizeram elogios à economia brasileira e prometeram investimentos. Entre eles, o presidente da Telefónica, Cezar Alierta, que disse que até 2010 a Telefónica vai investir mais de US$ 7 bilhões no Brasil. "Lula sabe que pode contar com a gente", disse o executivo em seu discurso.   Nesse clima de euforia, o único tom destoante foi o do presidente da Gás Natural, Salvador Gaborro. Ele disse que pretende continuar investindo no Brasil, mas que isso depende de marco regulatório para essa área.

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