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Mantega quer simplificar financiamento para construção

Ministro disse que o crescimento das vendas do setor está bom, mas empresas reclamam de falta de crédito 

Por Eduardo Cucolo, Renata Veríssimo, Anne Warth e da Agência Estado

A Caixa Econômica Federal vai estudar a criação de uma linha de financiamento para material de construção que tenha menos exigências do que a linha instituída neste ano com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que não está funcionando.A declaração foi feita nesta segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante anúncio de um pacote de incentivos ao setor automotivo e de bens de capital.O ministro afirmou que o crescimento das vendas do setor de construção, da ordem de 5%, está em ritmo bom, mas as empresas reclamaram de falta de crédito e de que essa linha (que conta com R$ 1 bilhão e juros de 12% ao ano) tem muitas condicionantes estipuladas pelo Conselho do FGTS."Mandei estudar uma linha mais simples. Falei com a Caixa, que ficou de apresentar uma proposta viável, que funcione", disse Mantega. "Estamos atentos ao crédito para material de construção."O ministro disse ainda que, se houver escassez de crédito para qualquer setor, o governo vai agir. "Se faltar crédito, vamos liberar mais. Essa é a ordem."Repasse ao BNDESMantega reiterou que haverá o repasse de R$ 45 bilhões do Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para reforçar as linhas com juros subsidiados. Ele não mencionou, porém, o valor do primeiro repasse. "Haverá um escalonamento, mas não vem ao caso o cronograma", disse, contrariado. Fontes do governo informaram à Agência Estado que serão repassados R$ 10 bilhões em junho.O ministro avalia que tem sobrado dinheiro no banco, que também opera com recursos próprios. Mantega brincou que o presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "é um homem de US$ 150 bilhões". À época em que presidiu o BNDES, Mantega afirmou que era "um homem de apenas US$ 60 bilhões".

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