O mercado financeiro começa o dia com mais uma notícia negativa. No final de semana, reportagem veiculada na imprensa informou que o ex-banqueiro Salvatore Cacciola teria gravações comprovando a venda de informações privilegiadas pelo então presidente do Banco Central (BC), Francisco Lopes. Cacciola, em e-mail enviado ao jornal O Estado de S. Paulo, desmentiu as informações (veja mais sobre o assunto no link abaixo). Os investidores podem tornar-se ainda mais cautelosos com essa possibilidade. No cenário interno, as incertezas em relação à eficiência do plano de racionamento montado pelo governo federal deixam os investidores inseguros. Além disso, a regra que impõe o corte de energia para os consumidores que não conseguirem reduzir em 20% o seu gasto é frágil e pode não resistir às ações judiciais que devem ser impetradas contra ela. Diante dessa possibilidade, as chances de que o governo federal opte por instalar o sistema de apagão, ou seja, o corte generalizado de energia em determinados períodos, são ainda maiores. As incertezas deixam os investidores inseguros, pois tornam ainda mais difíceis qualquer projeção para o desempenho da economia do País. Argentina: semana pode ser decisiva Amanhã será um dia decisivo para a Argentina. A Secretaria de Finanças realizará o primeiro leilão de papéis do Tesouro depois das últimas notícias em relação à operação de troca (swap) de títulos de curto prazo por papéis com vencimento mais longo. O leilão deve envolver R$ 500 milhões em títulos. Mais detalhes sobre o swap devem ser anunciados na quarta ou quinta-feira, com a autorização da Securities & Exchange Comission (SEC) - órgão que funciona como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira nos Estados Unidos. Mas os investidores começam a se questionar sobre a força do governo argentino para aprovar medidas que realmente façam o país crescer com as contas públicas equilibradas. O swap é apenas uma forma de diminuir os problemas no curto prazo e não resolve os problemas da economia argentina. Veja como está o mercado financeiro O dólar abriu com forte alta e há pouco estava cotado a R$ 2,3330 na ponta de venda dos negócios - alta de 1,26% em relação ao fechamento de sexta-feira. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 22,550% ao ano, frente a 22,220% ao ano registrados na sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 0,28%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones - índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - opera com queda de 0,33%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registra alta de 0,32%. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.
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