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Europa fecha em queda com receio sobre setor bancário

FTSE-100 fechou em queda de 0,98%; CAC-40 perdeu 0,83%; e DAX caiu 0,38%

Por Álvaro Campos e da Agência Estado

As bolsas europeias fecharam em queda hoje, interrompendo uma sequência de nove sessões de ganhos no índice pan-europeu Stoxx Europe 600, em meio a receios sobre a exposição de bancos franceses à Grécia e a outros problemáticos países da zona do euro, no mesmo dia em que o Reino Unido tomou medidas para controlar seu déficit orçamentário. O Stoxx Europe 600 perdeu 0,49%, para 256,92 pontos, depois de ter fechado ontem no seu nível mais alto desde 3 de maio. O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 52,13 pontos, ou 0,98%, a 5.246,98 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 perdeu 30,83 pontos, ou 0,83%, para 3.705,32 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, caiu 23,93 pontos, ou 0,38%, para 6.269,04 pontos. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, caiu 28,70 pontos, ou 0,38%, para 7.459,04. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 caiu 55,80 pontos, ou 0,55%, para 10.016,10 pontos. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB recuou 201,41 pontos, ou 0,97%, para 20.609,03 pontos. "O foco está de novo na crise da dívida da Europa e no setor bancário", disseram analistas do Danske Bank.Em Paris, as ações do BNP Paribas caíram 1,93% depois que a agência de classificação de crédito Fitch rebaixou o rating do banco francês em um grau, para AA-, ontem. A agência disse que tomou a decisão devido a assuntos estruturais relacionados ao conjunto de negócios do banco, que depende fortemente das unidades corporativas e de investimento. A Fitch também citou uma deterioração na qualidade dos ativos em 2009. As ações do Credit Agricole caíram 4,72% depois que o banco informou que sua unidade na Grécia não terá lucro até 2012, devido a crescentes perdas com empréstimos. Anteriormente, esperava-se que a unidade grega não apresentasselucro até 2011.As ações de bancos gregos também caíram, com o Alpha Bank recuando 4,6% e o EFG Eurobank Ergasias perdendo 4,1%. Hoje, o ministro de Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou cortes de gastos e aumentos de impostos que vão reduzir em 40 bilhões de libras (US$ 60 bilhões) por ano fiscal os gastos do governo até 2015. O novo orçamento vai eliminar o déficit estrutural do país até o fim da atual legislatura do parlamento, comentou Osborne.

"O orçamento de emergência hoje foi um pouco menos severo do que se temia", disse Douglas McWilliams, economista do Centro de Pesquisas Econômicas e Empresariais. Entre as medidas anunciadas, está o aumento no imposto sobre valor agregado (VAT, na sigla em inglês) de 17,5% para 20,0%, mas a elevação ocorrerá apenas a partir de 4 de janeiro e não deve prejudicar as varejistas durante a temporada de compras de fim de ano, segundo Richard Lowe, diretor de varejo e atacado do Barclays Corporate.O segmento de petróleo e gás sofreu pressão em Londres após o BG Group ter a recomendação de suas ações rebaixada para "neutra", de "comprar", pelo Goldman Sachs. A companhia fechou em baixa de 3,64%. Os papéis da BP caíram 4,38%, passando a acumular perdas de 48% desde 19 de abril - data que marca a véspera da explosão da plataforma Deepwater Horizon que causou o enorme vazamento de petróleo no Golfo do México. As ações da Carnival caíram 5% depois que a operadora de cruzeiros disse que o lucro líquido do segundo trimestre caiu para US$ 252 milhões, de US$ 264 milhões. As informações são da Dow Jones.

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