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Petróleo recua 2,79% com payroll, mas sobe na semana

Temor de uma nova recessão voltou à cena após divulgação dos dados sobre mercado de trabalho nos EUA

Por Álvaro Campos e da Agência Estado

Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda, pressionados pela divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA (payroll), que são mais um indício de que a economia do país pode estar se encaminhando para uma nova recessão.Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para outubro perdeu US$ 2,48 (2,79%), a US$ 86,45 o barril. Mas na semana o petróleo acumulou ganho de 1,26%. Já na plataforma ICE, o Brent hoje recuou US$ 1,96 (1,71%), a US$ 112,33 o barril. No acumulado da semana, a alta é de 0,87%.O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou hoje que o número de postos de trabalho no país ficou estável em agosto, enquanto a previsão era de criação de 80 mil vagas. A taxa de desemprego ficou em 9,1%. "Os números sobre o mercado de trabalho foram horríveis e a demanda (por petróleo) vai se deteriorar ainda mais", disse Zachary Oxman, da TrendMax Futures.A forte queda do petróleo hoje ocorre mesmo com a interrupção da produção no Golfo do México, devido a uma depressão tropical que ganhou força e se transformou na tempestade Lee. Segundo o informe mais recente do Centro Nacional de Furacões (NHC), a tempestade tem ventos sustentados de 65 quilômetros por hora e deve se aproximar do litoral da Louisiana no final de semana.De acordo com o Escritório de Gerenciamento, Regulação e Sanção de Energia do Oceano, 47,6% da produção de petróleo e 33% da de gás natural no Golfo foram interrompidas devido à tempestade. Os funcionários de 169 plataformas operacionais, 27% do total de plataformas com trabalhadores na região, tiveram de ser retirados. O Golfo responde por quase um terço da produção de petróleo dos EUA e 7% da produção de gás. As informações são da Dow Jones.

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