Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, no interior de São Paulo, aprovaram, em assembleia neste domingo, 22, uma greve por tempo indeterminado. A paralisação terá início nesta segunda-feira e é motivada por demissões de funcionários, as quais foram classificadas pelo sindicato da categoria como quebra de acordo. Os desligamentos, segundo a entidade, foram realizados neste sábado por meio de telegramas e e-mails.
Os cortes também atingiram duas outras fábricas da empresa no Estado de São Paulo: São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes. Os trabalhadores de São Caetano também aprovaram uma paralisação, mas a decisão precisa ser ratificada em assembleia nesta segunda-feira, segundo líderes sindicais da região. Em Mogi, uma reunião está marcada para as 6 horas desta segunda.
Em nota, a GM afirmou que as demissões devem-se à necessidade de adequar o quadro nas fábricas paulistas por conta da queda nas vendas internas e nas exportações. A montadora não se manifestou sobre a aprovação das greves. Atualmente, a companhia ocupa a terceira posição no mercado brasileiro, com 14,9% de participação, atrás de Volkswagen (15,9%) e Fiat (23%).
Em São José dos Campos, que produz os modelos S-10 e Trailblazer, a condição para a volta ao trabalho é o cancelamento de todas as demissões, além de estabilidade no emprego.
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O sindicato de São José afirma que a GM firmou um acordo de layoff (suspensão temporária de contratos), o qual garante estabilidade para todos da fábrica até maio de 2024. Dos 4 mil trabalhadores da unidade, 1,2 mil estão em layoff, segundo a entidade.
“O acordo, portanto, foi quebrado e as demissões foram feitas sem qualquer negociação prévia com o sindicato, contrariando legislação que exige essa medida em caso de cortes em massa”, afirma a entidade, em nota. A montadora não informou o número total de trabalhadores demitidos.