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Não há chance de dar mais prazo para CPI do Carf, diz presidente da Câmara

CPI que investiga esquema de corrupção no 'tribunal da Receita' pode ser enterrada sem sequer aprovar um relatório

Por Bernardo Caram
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 2, que não há chance de dar mais prazo para a conclusão dos trabalhos da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A CPI precisa ser finalizada na próxima quinta-feira,11, mas o prazo exíguo pode fazer a CPI ser enterrada sem sequer aprovar um relatório.

O presidente do colegiado, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), convocou sessão para apresentação e votação do relatório final na terça-feira, 9. Com isso, se algum deputado pedir vista no dia da leitura do parecer - o que impede a votação por duas sessões - há risco de a comissão ser encerrada sem aprovação de relatório.

O presidente da CâmaraRodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Laycer Tomaz/Ag. Câmara/Divulgação

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Logo que assumiu a presidência da Câmara, Maia cancelou a prorrogação dos trabalhos da CPI do Carf, que havia sido aprovada pelos próprios membros do colegiado. Na manhã de hoje, o relator da CPI, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), pediu mais prazo para emitir seu parecer e disse que há um "grupo de blindadores" nas investigações. Ele ameaçou pedir o indiciamento de envolvidos no suposto esquema de corrupção, mesmo sem conseguir ouvi-los no colegiado.

Congresso. Maia, que se reuniu com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou usar o encontro para pedir o cancelamento da sessão do Congresso prevista para a noite desta terça-feira. Na sessão, deputados e senadores devem votar a revisão da meta fiscal de 2017 e 15 vetos presidenciais.

Como a sessão do Congresso está prevista para as 19h, há risco de que o projeto sobre a renegociação das dívidas dos Estados, em pauta no plenário da Câmara, não seja votado hoje. "Não vou pedir nada (a Renan)", disse Maia, afirmando que o encontro é apenas um café entre os dois presidentes.

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