PUBLICIDADE

Publicidade

Amazon, Booking e outras empresas se unem para combater ‘comércio’ de avaliações falsas em sites

Problema é intensificado por intermediários solicitam avaliações falsas, positivas e negativas, em troca de benefícios, como dinheiro e produtos

Foto do author Redação
Por Redação

Algumas das plataformas mais utilizadas para viagens e compras online afirmaram na terça-feira, 17, que vão se unir para combater avaliações falsas de produtos e serviços. A Amazon, o site de avaliações Glassdoor e o Trustpilot, assim como as empresas de viagem Expedia Group, Booking e Tripadvisor, anunciaram em um comunicado que estão lançando uma coalizão que visa proteger o acesso a “avaliações de consumidores confiáveis” em todo o mundo.

A Amazon e outras empresas anunciaram que estão lançando uma coalizão que visa proteger o acesso a “avaliações de consumidores confiáveis” em todo o mundo  Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

PUBLICIDADE

As empresas afirmaram que os membros do grupo, que se chamará Coalizão para Avaliações Confiáveis, buscarão as “melhores práticas” para hospedar avaliações online e compartilharão métodos sobre como detectar as falsas. Isso incluirá o desenvolvimento de padrões para o que constitui uma avaliação falsa e o compartilhamento de informações sobre como os maus atores operam.

Avaliações falsas têm assolado os marketplaces online por muito tempo, apesar dos esforços para erradicá-las. Muito do problema é alimentado por intermediários que solicitam avaliações falsas de clientes por meio de plataformas de mídia social, aplicativos de mensagens criptografadas e outros canais em troca de dinheiro, itens gratuitos ou outros benefícios. Esses intermediários podem solicitar avaliações positivas para impulsionar as vendas das empresas ou vendedores. Também podem postar avaliações negativas para concorrentes com o intuito de prejudicar suas vendas.

No mês passado, a Amazon informou que dois intermediários de avaliações na China foram condenados a dois anos e meio de prisão e três anos de liberdade condicional por usar aplicativos de mensagens para anunciar e vender avaliações falsas para contas de vendedores na Amazon. A empresa apresentou uma série de outras ações judiciais no último ano contra operadores que, segundo ela, estavam fazendo coisas semelhantes.

No ano passado, também processou os administradores de mais de 10 mil grupos do Facebook que alegavam estar coordenando avaliações falsas em troca de dinheiro ou produtos gratuitos. Grupos do Facebook que negociam avaliações para Google e Trustpilot, que permitem aos usuários deixar feedback para empresas, também foram descobertos este ano pelo grupo britânico de defesa do consumidor “Which?”.

Reguladores federais dos EUA também estão se esforçando para reprimir avaliações falsas que visam enganar os consumidores. Em junho, a Comissão Federal de Comércio (FTC) propôs uma nova regra que, entre outras coisas, proibiria empresas de vender ou obter avaliações falsas, suprimir avaliações honestas e vender engajamento falso em mídias sociais. Empresas também seriam proibidas de criar ou controlar um site que afirma fornecer opiniões independentes sobre seus produtos e empregar outras práticas como “sequestro de avaliações”, que fazem avaliações de um produto parecerem ter sido escritas para outros diferentes. Se a proposta for adotada, os infratores podem enfrentar penalidades.

Becky Foley, vice-presidente de Confiança e Segurança do Tripadvisor, disse em um comunicado incluído no comunicado à imprensa que combater os operadores por trás das avaliações falsas será “uma área de foco imediato” para a coalizão. “Esses atores muitas vezes operam fora das jurisdições com um arcabouço legal para interromper atividades fraudulentas, tornando a cooperação robusta ainda mais importante”, disse Foley. As empresas disseram que a coalizão é resultado de conversas que surgiram de uma conferência sobre “Avaliações Falsas” organizada pelo Tripadvisor e realizada no ano passado em São Francisco. Elas disseram que se encontrarão no início de dezembro em uma segunda conferência que será organizada pela Amazon e realizada em Bruxelas./AP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.