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Marcas precisam estar conscientes da relevância do metaverso, diz agência We

Aposta da empresa é que interações com realidade virtual e aumentada serão bom caminho para marcas nos próximos anos

Por Andre Jankavski
Atualização:

As quarentenas e as limitações de circulação impostas pela pandemia obrigaram as pessoas a criar novas maneiras de se relacionar. Foi nesse período que as lives proliferaram, tanto entre amigos quanto em shows de grandes artistas nacionais e internacionais. Mas, para os publicitários Alexandre Ugadin e Armando Araújo, diretor de operações e diretor de criação da Agência We, respectivamente, a realidade do metaverso deve vir para consolidar de vez essa forma de interação a distância.

Armando Araújo, diretor executivo de criação da We, agência que recebeu prêmio em Cannes Lions no ano passado Foto: We/ Divulgação

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O conceito de criar um universo de interação entre as pessoas por meio de realidade virtual, que vem sendo propagado e estimulado pela Meta (novo nome da dona do Facebook), será beneficiado por esse período que as pessoas estão distantes entre si, na visão dos executivos. “As pessoas estarão mais por lá e, obviamente, as marcas também. O grande desafio será como gerar negócios de maneira criativa nesses ambientes totalmente imersivos”, diz Ugadin. 

Por isso, sob a ótica dos dois executivos, é cada vez mais importante que os publicitários como um todo fiquem antenados com as realidades que surgem, sem pensar que se trata de um modismo ou algo passageiro. E que, às vezes, mudanças são necessárias.

A We foi uma das responsáveis pelo reposicionamento de marca da Riachuelo, que consistiu até mesmo no lançamento de uma música (que não cita o nome da marca) gravada pelas cantoras Giulia Be, Malía e Simaria, cada uma representante de um estilo musical distinto. A música também teve a participação dos clientes, o que ajudou varejista a lançar o mote de que as coleções agora são em cima das necessidades e desejos dos consumidores. 

Antes, a Riachuelo se baseava mais nas tendências internacionais.

“A criatividade é o resultado da realidade que vivemos, seja na apropriação ou transformação dela. Com a pandemia, é inegável que o mundo mudou. Com isso, a propaganda também mudou”, afirma Araújo. 

Causa social

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Uma das mudanças que vieram para ficar é a preocupação das marcas e dos clientes com causas sociais. A We não fugiu dessa tendência e criou, para a RedeTV!, a peça Retratos da Violência, em que convidou 720 mulheres para representar o total de casos de violência no Brasil por dia. De acordo com o Fórum de Segurança Pública, a cada dois minutos uma mulher é agredida no País. 

A peça, que consiste em ensaios fotográficos dessas mulheres em situações de violência, foi reconhecida na categoria Film Craft no Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade de 2021, e considerada o melhor trabalho do London International Awards de 2021. Esse tipo de trabalho deve continuar nos próximos anos. “As causas estarão mais presentes do que nunca. O desafio será alinhá-las às necessidades reais das pessoas e objetivos de negócios, para além do awareness (conscientização)”, diz Ugadin.

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