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Nubank demite 40 pessoas e fecha assessoria de investimentos

Empresa encerrou unidade que recomendava investimentos para clientes

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Por Lucas Agrela
Atualização:

O Nubank demitiu 40 funcionários nesta terça-feira, 31, e fechou a sua assessoria de investimentos. A divisão era responsável pela indicação de investimentos para pessoas físicas que tinham conta no Nubank. De acordo com a empresa, o serviço estava disponível apenas para um pequeno número de clientes.

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Segundo apurou o Estadão, as demissões têm relação com a estratégia da empresa e o cenário econômico. Porém, o foco do negócio em clientes de alta renda continua. No total, a empresa tem 70 milhões de clientes.

Os cortes não têm relação com a queda nos fundos de investimento que tinham debêntures da Americanas na composição e tiveram queda de rendimento após a crise financeira da varejista vir à tona. Esses ativos são geridos pela divisão chamada Nu Asset. Os dois departamentos foram criados há cerca de um ano.

O Nubank informou que o fim da assessoria foi decidido após “cuidadosa avaliação”. Quem tinha acesso a ela podia receber orientações sobre em quais ativos investir, em renda fixa ou variável, de acordo com o grau de risco de cada perfil e o prazo para o resgate.

O fim da área de recomendação de investimentos não afeta os clientes que têm investimentos financeiros no Nubank ou na corretora NuInvest (antiga Easynvest).

“O quadro de funcionários do Nubank aumentou de 6 mil para 8 mil funcionários em 2022, e, conforme já anunciado, a empresa segue contratando, no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023”, informou o Nubank.

Demissões

O Nubank não é o primeiro a demitir no mercado de investimentos, que ganhou força com a queda da taxa de juros registrada entre 2017 e 2021. Com a nova leva de investidores entrando na bolsa de valores por meio da negociação de ações, fundos ou outros ativos mais sofisticados do que a renda fixa, o setor teve crescimento, com surgimento de novas empresas ou ampliação do quadro de funcionários. Empiricus e XP, por exemplo, estão entre as empresas que fizeram cortes diante do cenário econômico brasileiro e mundial de inflação alta e escalada da taxa de juros. Nem o mercado de influenciadores escapou. Nathalia Arcuri, da Me Poupe, e Thiago Nigro, do Grupo Primo, também fizeram cortes de equipe.

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