A Tereos Internacional anuncia hoje um plano de investimentos de R$ 767 milhões para sua subsidiária Guarani com o objetivo de expandir a capacidade de processamento de cana-de-açúcar e a cogeração de energia nos próximos quatro anos.
Além disso, a companhia revela que a Petrobrás Biocombustível aumentou sua participação no capital da Guarani de 26,5% para 31,4% com uma injeção de capital realizada em 31 de março, no valor de R$ 195,4 milhões. A Tereos Internacional ficou com o restante do capital, de 68,6%.
Com os investimentos anunciados hoje, a Guarani irá elevar sua capacidade de processamento de cana-de-açúcar em 3,5 milhões de toneladas, de 21 milhões de toneladas para 24,5 milhões de toneladas, com um aumento na produção de aproximadamente 170 mil toneladas de açúcar e 195 milhões de litros de etanol. De acordo com o comunicado ao mercado, o plano também contempla uma expansão de 913 GWh na capacidade de cogeração de energia, que passará de 259 GWh para 1.172 GWh por ano.
Cogeração
O plano de investimentos da Tereos Internacional na Guarani direciona metade para o aumento da capacidade operacional e a outra metade para o aumento da cogeração de energia. O plano inclui investimentos nas unidades industriais Cruz Alta, Tanabi, São José e Mandu, além da Usina Vertente S.A.
A fase inicial do plano de investimentos está orçada em R$ 465 milhões e consiste na expansão da capacidade de processamento de cana-de-açúcar das unidades São José e Mandu em 1,2 milhão de toneladas, além da expansão da produção de energia de cogeração nestas duas unidades e mais em Cruz Alta e Tanabi, num total de 651 GWh.
A Guarani já comercializou o equivalente a 488 GWh em contratos de energia, vendidos nos leilões de Energia de Reserva e de Fontes Alternativas, ocorridos em agosto de 2010. A entrega da energia terá início em 2013. A Guarani também assinou, em dezembro, contratos com a Neoenergia para a venda de 219 GWh/ano, em um período de fornecimento de dez anos.
Financiamento do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um pacote financeiro de R$ 764 milhões para a Guarani, segundo comunicado de sua controladora, a Tereos Internacional. O financiamento aprovado pelo BNDES tem vencimento médio de 11 anos, sendo amortização de nove anos e um período de carência de dois anos.
Para financiar a primeira fase do plano de investimentos, do total aprovado pelo BNDES, a Guarani já contratou, em 31 de março, um montante de R$ 400 milhões, composto por três linhas de financiamento, sendo R$ 185,3 milhões via PSI, com juros de 5,64% ao ano; uma linha para cogeração de R$ 33,7 milhões com juros TJLP mais 3,17%; e uma terceira linha agroindustrial, no valor de R$ 181 milhões, com juro formado 50% por TJLP, 30% de TJLP - 462 e 20% cesta de moedas, mais 3,57% ao ano.