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Páginas registram chegada da luz e do asfalto a São Paulo

Acervo mostra evolução da cidade desde quando a população era de 30 mil habitantes

Quando a primeira edição do Estado - ainda A Província de São Paulo - saiu da gráfica, em janeiro de 1875, a cidade tinha pouco mais de 30 mil habitantes. Não havia nem luz nem bonde elétrico, nenhuma rua era asfaltada, a Avenida Paulista ainda não tinha sido inaugurada e o cargo de prefeito nem sequer existia - o primeiro prefeito de São Paulo foi Antônio da Silva Prado que, nomeado, ficou no poder de 1899 a 1911.Esses são alguns exemplos das muitas transformações que viriam a seguir - e que fariam da pequena e provinciana São Paulo a maior e mais importante cidade brasileira, uma das mais efervescentes metrópoles mundiais. Em todas elas, a reportagem do Estado sempre esteve presente. Ao longo dessa história, a população se multiplicaria até chegar aos atuais 11,2 milhões de pessoas. Os bondes se tornariam elétricos, seriam substituídos por ônibus, trens e metrôs. Pela cadeira principal da Prefeitura, passariam 47 políticos diferentes. A Avenida Paulista seria inaugurada, em dezembro de 1891, se tornaria a primeira via asfaltada da capital, em 1909, seria o endereço dos casarões dos barões do café e se tornaria o grande centro financeiro que é atualmente. Tudo registrado nas páginas do Estado. Eletricidade. O jornal também acompanhou a primeira vez em que uma lâmpada elétrica foi acesa na cidade. A exibição aconteceu em 10 de outubro de 1883 no Parque da Luz - com repeteco dez dias mais tarde. O evento atraiu tanta gente que a administração do parque pediu reforço policial. Os paulistanos, curiosos em conhecer aquela "maravilha tecnológica", precisaram pagar ingresso para ver o "espetáculo"."Correu magnificamente a festa da noite de sábado, organizada para exibição da luz elétrica, sendo o produto das entradas para as obras da Misericórdia", noticiou o jornal A Província de São Paulo, como o Estado se chamava na época. "Foi grande a concorrência, orçada por perto de 3 mil pessoas. À porta foram vendidas 1.900 entradas, a 1$000 (um real) cada uma. As crianças tinham entrada grátis, e houve também muita gente que conseguiu se fazer de criança."

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