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Para analista, grupo terá de ser criativo para crescer

Nextel enfrenta desafio de ganhar clientes num mercado onde já estão presentes quatro [br]operadoras nacionais

Com mais um competidor no mercado de celular, o consumidor só tem a ganhar. A avaliação é de Luis Minoru Shibata, diretor de consultoria da PromonLogicalis. "Quanto maior a competição, menor o custo e maior a qualidade", observou. Os atuais clientes da Nextel também ganham, segundo Minoru. Isso porque hoje, como a Nextel é a única operadora do País a operar com o sistema via rádio e a cobertura é restrita, os usuários ficam sem comunicação quando se deslocam para onde a companhia não opera.Com o 3G, porém, o cenário muda, pois, além da sua rede própria, a Nextel poderá fazer acordos de roaming com as outras operadoras. Outro avanço é a oferta de serviços de internet rápida no celular, pois os pacotes hoje ofertados pela empresa têm velocidade bastante limitada. O especialista ponderou, contudo, que competindo com quatro grandes operadoras, a Nextel terá de ser bastante "criativa" para ganhar mercado. "Uma coisa que ela não pode fazer é ser só mais uma operadora de celular", alertou Minoru. O grande desafio que a Nextel tem pela frente, explicou o especialista, é se posicionar de forma a obter crescimento num mercado dominado por celulares pré-pagos (cerca de 80% da base do País) sem canibalizar a base atual de clientes, que hoje são fiéis à empresa, geram uma receita acima do mercado e são clientes pós-pagos.Na opinião de Minoru, porém, o leilão da banda H ainda não acabou. Como a Nextel arrematou a quase totalidade dos lotes licitados - 11 dos 13 -, o especialista acredita que as operadoras vão recorrer à Justiça contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O SindiTelebrasil, que representa as empresas, pediu impugnação do edital do leilão, mas a Anatel negou o pedido. O ponto que foi alvo de críticas é a regra que impediu a participação das atuais prestadoras que já têm licenças de 3G na disputa. Foi por essa razão que a Nextel venceu quase todos os lotes. Houve duas exceções, sendo uma delas o lote cinco, que abrange o interior de Minas Gerais, arrematado pela CTBC. A operadora mineira ofereceu ágio de 32,4% sobre o preço mínimo, propondo R$ 30,5 milhões. A outra exceção foi o lote 8, que inclui um município no Mato Grosso do Sul e seis em Goiás, e teve a Oi como vencedora, com a proposta de R$ 1,35 milhão. Procurado, o SindiTelebrasil não se pronunciou.

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