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Estilo de vida dos ricos, mas não famosos

Digamos que se trata dos bastante ricos. David Brooks sugere que o crescimento econômico declina porque, atualmente, os ricos estão mais interessados no aprimoramento pessoal e na qualidade de vida do que no dinheiro. Na realidade, estamos sofrendo um declínio do materialismo.

Por Paul Krugman (The New York Times)
Atualização:

Minha reação imediata foi que tudo isso está errado - que pessoas como o hipotético Jared de David na realidade são raras, que na realidade vivemos mais do que nunca num clima de competitividade sem sentido.

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Por exemplo, vejam os trens de subúrbio. Quando eu era adolescente em Long Island, existia uma nítida hierarquia social em relação ao horário em que as pessoas iam para o trabalho: o trem das 7:30 da manhã costumava estar lotado de operários; o das 9:00 estava repleto de homens de ternos de boa qualidade, que passariam algumas horas distribuindo papéis pelas mesas do escritório e tomando três martinis no almoço. Hoje, os mais bem pagos também precisam trabalhar muitas horas mais - e podemos encontrar muitos deles no trem das 7:30, até mais cedo.

Mas as comparações não vão mais longe do que isso. O que dizem os dados?

Bem, o item "horas trabalhadas para cada domicílio" do Google, e isto está no relatório do Federal Reserve de Minneapolis sobre este assunto, contém números como estes: 

 Foto: Estadão

E, mais do que isso, alguns dos dados remontam a 1960; o que tudo isso sugere é que a maior parte das famílias americanas está trabalhando mais.

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Quando comparamos domicílios com diferentes composições no que se refere à capacidade dos seus membros, também encontramos drásticas diferenças em relação ao tempo, como por exemplo quanto mais capacitadas são as famílias, tanto maior é o aumento da média de horas.

Na realidade, as pessoas de maior formação escolar estão trabalhando mais do que nunca. Poderia até acrescentar alguma outra coisa, mas eu e Robin precisamos voltar para a revisão de textos escolares.

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