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Petróleo fecha em queda após bater recorde a US$ 135

Por AE-DOW JONES
Atualização:

Depois de registrar mais um recorde, a US$ 135 o barril, o preço do petróleo no mercado internacional recuou com uma pausa no aquecimento do mercado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos para julho fecharam a US$ 130,81 o barril, com queda de US$ 2,36, ou 1,8%. A máxima intraday foi de US$ 135,09 o barril. Em Londres, o petróleo do tipo Brent encerrou a 130,51, com declínio de US$ 2,19, ou 1,65%, após atingir o recorde de US$ 135,14. Na Nymex, os contratos para junho do óleo de calefação fecharam com alta de 1,2%, para US$ 3,9543 o galão, depois de terem cruzado a marca histórica dos US$ 4. As máximas intraday do petróleo refletiram a notícia de que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) está reduzindo sua estimativa para a oferta mundial de petróleo. De acordo com o The Wall Street Journal, a agência prevê que as companhias petrolíferas dificilmente conseguirão produzir mais de 100 milhões de barris/dia nas próximas duas décadas, bem menos do que a demanda estimada pela AIEA, de mais 116 milhões de barris/dia em 2030. A cotação do petróleo na Nymex já subiu 5,4% na última semana. Os analistas disseram que a retração de hoje foi conseqüência da realização de lucros após quatro dias de ganhos recordes, mas eles não acreditam que isso configure uma tendência. "Nada se move em linha reta", comentou Nauman Barakat, vice-presidente sênior da Macquarie Futures USA, em Nova York. Barakat apontou, porém, o depoimento dado pelo general David Petraeus, recomendando mais reduções nas tropas norte-americanas no Iraque, como um sinal positivo para a oferta de petróleo desse país. Segundo a consultoria britânica Oil Movements, os embarques da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) são projetados com um aumento de 360 mil barris/dia no período de quatro semanas até 7 de junho, após o anúncio de ampliação do fornecimento feito pela Arábia Saudita. Segundo o secretário-geral da Opep, Abdalla Salem el-Badri, o grupo considera a oferta suficiente e disse que a alta de preços é puxada pela especulação e pela desvalorização do dólar. "Estamos preocupados, mas isso não tem nada a ver com a Opep ou com a oferta e a demanda", disse o secretário, numa conferência em Quito, no Equador. Os países membros da Opep respondem por cerca de 40% da oferta mundial de petróleo. Separadamente, o presidente da Organização, Chakib Khelil, apontou que a queda de produção nos países não integrantes do cartel contribuiu para a alta dos preços.

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