O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, 29, que parte dos recursos obtidos com a extração de petróleo da camada pré-sal será usada para resolver a "dívida histórica" do País. Segundo ele, parte será destinada para a "dívida educacional", e parte para a "pobreza crônica que foi criada durante tantos e tantos séculos". "Com parte do dinheiro do pré-sal, nós vamos resolver a dívida histórica do País." Veja também: Primeiro petróleo do pré-sal será extraído na próxima terça Reserva internacional deve duplicar com pré-sal, diz Mantega Mapa da exploração de petróleo e gás Entenda as discussões sobre as mudanças na Lei do Petróleo País pode ter o terceiro maior campo de petróleo do mundo A maior jazida de petróleo do País Pré-sal deve elevar crescimento do País a 6% ao ano, diz ex-BC Exploração de petróleo no pré-sal implica riscos, diz IBP Lula fez a declaração ao participar da cerimônia de inauguração de um prédio da Universidade Federal do ABC (UFABC). Ele citou que o pré-sal coloca o Brasil entre os países com maiores reservas de petróleo do mundo. Lula chamou atenção para a construção das refinarias do Maranhão e de Fortaleza, que devem produzir, respectivamente, 600 mil e 300 mil barris por dia. O presidente voltou a expressar seu desejo que o Brasil deixe de ser um exportador apenas de commodities para vender também produtos acabados. "O Brasil não vai ficar exportando óleo cru", disse Lula, que disse que quer exportar derivados do petróleo. Ele citou também o exemplo da exportação de alumínio. De acordo com ele, uma tonelada de bauxita é vendida por US$ 30, já a mesma quantidade de alumina, o produto semi-acabado do alumínio, vai por US$ 500. "Finalmente, uma tonelada de alumínio custa US$ 3 mil", chamou atenção o presidente.