Publicidade

Projeção do mercado para o IPCA de 2005 cai para 5,94%

Por Agencia Estado
Atualização:

As projeções de mercado para o IPCA de 2005 caíram de 6,05% para 5,94%, na pesquisa semanal do BC, divulgada hoje. Esta foi a sétima redução consecutiva das projeções, desde que atingiram o pico de 6,39%. Apesar da queda, o porcentual projetado pelo mercado ainda se encontra acima do objetivo de 5,1% perseguido pelo Copom neste ano. A pesquisa também registrou uma redução das projeções de IPCA para este ano das instituições Top Five, de 6,06% para 5,72%, no cenário de médio prazo. Com a redução, a estimativa ficou, inclusive, abaixo dos 5,8% projetados pelo BC no relatório de inflação divulgado na semana passada. As estimativas de inflação para este mês de junho recuaram, na pesquisa, de 0,17% para 0,08%. Esta foi a sexta redução consecutiva destas previsões, que estavam em 0,35% há quatro semanas. As expectativas de inflação para julho seguiram a mesma tendência e caíram de 0,54% para 0,46%. Há quatro semanas, essas projeções estavam em 0,57%. As estimativas de IPCA para 2006, em contrapartida, permaneceram estáveis em 5%, pela 59ª semana consecutiva. Apesar da estabilidade, o porcentual ainda se encontra acima do centro da meta de 4,5% fixada pelo CMN para o próximo ano. As estimativas de IPCA para 12 meses à frente caíram, por sua vez, de 4,96% para 4,85%. Esta foi a quarta redução consecutiva dessas projeções. Juros As projeções de mercado para a taxa de juros no fim de 2006 aumentaram de 15,63% para 15,88%. As expectativas de taxa média de juros para o próximo ano, em contrapartida, ficaram estáveis em 16,50% pela terceira semana consecutiva. As previsões de juros para o final deste ano, por sua vez, ficaram estáveis em 18%. As estimativas de taxa média também não mudaram e prosseguiram em 19,15% pela terceira semana seguida. As estimativas de juros para este mês de julho ficaram estáveis em 19,75% pela sexta semana consecutiva. A estabilidade embute a expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) voltará a manter os juros estáveis na reunião dos próximos dias 19 e 20. PIB As projeções de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano ficaram estáveis em 3%. A estabilidade veio após quatro semanas consecutivas de redução destas previsões, que estavam em 3,27% há quatro semanas. Na semana passada, o próprio BC revisou sua estimativa de crescimento para este ano de 4% para 3,4%. As previsões de aumento da produção industrial neste ano, em contrapartida, subiram de 4,07% para 4,10%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 4,08%. As expectativas de crescimento do PIB para 2006 também não se alteraram e continuaram em 3,50% pela nona semana seguida. As previsões de expansão da produção industrial seguiram a mesma tendência e ficaram estáveis em 4,50% pela terceira semana seguida. Preços administrados As projeções de mercado para o reajuste dos preços administrados neste ano caíram de 7,50% para 7,43%. Esta foi a segunda redução consecutiva destas estimativas, que estavam em 7,80% há quatro semanas. Apesar da queda, o porcentual estimado ainda é superior aos 7,3% projetados pelo Copom. As estimativas de aumento dos administrados para 2006, por sua vez, aumentaram de 5,70% para 5,80%. Com a elevação, a previsão afastou-se da estimativa de 5,70% usada pelo Copom na reunião de junho. Câmbio As projeções de mercado para a taxa de câmbio no fim deste mês caíram de R$ 2,45 para R$ 2,40 na pesquisa semanal do BC. Apesar da queda, o valor estimado ainda é superior ao da cotação do dólar na última sexta-feira, quando estava abaixo da marca dos R$ 2,40. As expectativas de câmbio para o fim do ano seguiram a mesma tendência e caíram de R$ 2,65 para R$ 2,60. As estimativas de câmbio para o final de 2006, em contrapartida, ficaram estáveis em R$ 2,80 pela segunda semana consecutiva. Dívida líquida do setor público As projeções de mercado para a dívida líquida do setor público neste ano ficaram estáveis em 51,40% do Produto Interno Bruto (PIB). Esta foi a quarta semana consecutiva em que estas previsões não se alteraram. As expectativas de dívida líquida para 2006 seguiram a mesma tendência e permaneceram estáveis em 50,10% do PIB. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 50% do PIB. Superávit em conta corrente As projeções de mercado para o superávit em conta corrente deste ano subiram de US$ 9,35 bilhões para US$ 9,50 bilhões. Esta foi a segunda elevação consecutiva destas estimativas, que estavam em US$ 9 bilhões há quatro semanas. As previsões de superávit da balança comercial neste ano seguiram a mesma tendência e subiram de US$ 35 bilhões para US$ 35,45 bilhões. As expectativas de superávit comercial neste ano haviam ficado estáveis em US$ 35 bilhões por seis semanas seguidas. As previsões de superávit em conta corrente para 2006 não se alteraram e continuaram em US$ 4 bilhões pela terceira semana consecutiva. As estimativas de superávit da balança comercial no próximo ano, em contrapartida, subiram de US$ 29,33 bilhões para US$ 29,97 bilhões. Esta foi a terceira elevação consecutiva destas projeções, que estavam em US$ 29 bilhões há quatro semanas. Investimento estrangeiro As projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) em 2006 caíram de US$ 15,75 bilhões para US$ 15,30 bilhões. Há quatro semanas, estas estimativas estavam em US$ 15 bilhões. As previsões de fluxo de IED neste ano, em contrapartida, ficaram estáveis em US$ 15 bilhões pela oitava semana consecutiva. Apesar da estabilidade, o valor estimado é inferior ao US$ 16 bilhões projetados pelo próprio BC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.